Na manhã deste domingo (7), Polícia Militar, Guarda Municipal e Seop desocuparam um prédio ocupado por famílias ligadas ao Movimento de Luta por Bairros, Vilas e Favelas (MLB), no Centro do Rio. A ação terminou com correria, bombas de gás, duas pessoas feridas e uma detida.
O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) acusou agentes de impedir sua fiscalização e divulgou vídeo em que aparece sendo atingido por spray de pimenta. O deputado estadual Professor Josemar (PSOL -SG) também relatou agressões e disse que registrará ocorrência.

O prefeito Eduardo Paes confirmou ter ordenado a desocupação, com aval do governador Cláudio Castro, alegando que o prédio será transformado no Centro Cultural Rio África, no Cais do Valongo. Paes acusou o PSOL de incentivar a invasão, o que foi negado pelo partido. Motta rebateu, afirmando que o imóvel está listado pela União para moradia popular.
A confusão aumentou após Leonardo Mesquita, diretor da empresa Cury, afirmar que as famílias entraram no prédio errado, em área privada em processo de doação à Prefeitura. Tarcísio contesta e diz que parte do terreno é da União.
O projeto do Centro Cultural foi anunciado há quase um ano, mas as obras ainda não começaram. O episódio expôs o impasse entre direito à moradia e revitalização urbana, acirrando o embate entre Prefeitura, PSOL e governo federal.
