A Universidade Federal Fluminense realizará concurso público para 81 vagas de docentes em departamentos de ensino, oriundas de vacâncias por aposentadoria ou falecimento de membros do quadro docente nos últimos anos. A principal novidade será a implementação de uma política efetiva de inclusão racial e de pessoas com deficiência a partir de um formato inovador do edital. Os candidatos autodeclarados negros e, posteriormente, confirmados em comissão de heteroidentificação, que sejam aprovados no certame, terão prioridade para nomeação até o preenchimento de 16 vagas (20% do total). Da mesma forma, 5 vagas são prioritárias para pessoas com deficiência aprovadas no certame.
Segundo o reitor da UFF, Antônio Claudio Lucas da Nóbrega, esse é um avanço extremamente significativo da aplicação das políticas de ação afirmativa. Isso evidencia um compromisso inquestionável da Universidade com a maior representatividade de grupos historicamente excluídos e diversificação de seu corpo docente.
“Demos orientação estratégica para que a equipe buscasse soluções efetivas para o cumprimento da lei de cotas. Para implementar regras, teremos que mexer em paradigmas, considerar as vagas a partir do edital como um todo e não como sendo isolado por departamento. Todas as pessoas negras que forem aprovadas no concurso público de provas e títulos e passarem pela comissão de heteroidentificação terão prioridade de ocupar até 20% das vagas. Esse é um grande avanço institucional com uma forma original de atender a lei. Se houver variações de interpretação, nossa postura será sempre de promover a qualidade com inclusão e diversidade”, explicou Antônio Claudio Lucas da Nobrega.