Devido ao atraso nas entregas dos hospitais de campanha, o Governo do Estado decidiu que a Organização Social Iabas não irá mais administrar as unidades, mas deverá concluir as obras. Após a entrega das estruturas físicas concluídas, um consórcio privado irá assumir a gestão dos hospitais que ainda não começaram a operar, dentre eles o de São Gonçalo.
A decisão foi divulgada pelo Executivo estadual no final da noite desta sexta (29). O término das obras serão supervisionadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras.
O secretário de Estado de Saúde, Fernando Ferry, afirmou que a Iabas não tem competência para gerir as unidades. “Chamamos a Iabas para que eles cedam as unidades a um grupo de empresários, e possamos dar continuidade às operações. É mais eficiente colocar cada hospital sob responsabilidade de um grupo empresarial, porque são pessoas experientes em gestão hospitalar, são empresários do ramo”, afirmou.
Uma das possibilidades em estudo é de que o Iabas fique apenas com a gestão do Hospital do Maracanã, com 400 leitos, inaugurado no dia 9 de maio. No entanto, precisará concluir as obras dos seis hospitais restantes, com supervisão direta da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras, que acompanhará o cumprimento dos cronogramas.
Na próxima segunda (01/06), uma nova reunião entre o governador Wilson Witzel; os secretários de Saúde, Fernando Ferry; e Infraestrutura e Obras, Bruno Kazuhiro; o procurador-geral do Estado, Marcelo Lopes, e representantes da Iabas, Associação de Hospitais do Estado e do Sindicato de Hospitais definirá o caminho jurídico para a transferência das operações.
Contratação de profissionais – Uma das reclamações da Iabas era a dificuldade para a contratação de profissionais. Esse seria um dos motivos para a não abertura do Hospital de São Gonçalo, cuja estrutura já está concluída.
“A proposta é formar um consórcio para assumir a gestão dos hospitais para o Estado, sem assumir obra física e investimentos. Trata-se de uma proposta de ajudar ao Estado e participar de uma solução para os hospitais de campanha. O foco do governador é resolver o mais rapidamente possível o atendimento à população”, pontuou Marcus Camargo Quintella, vice-presidente da Associação de Hospitais do Estado do Rio, que estava acompanhado de Guilherme Jaccoud, diretor do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio.
Caso o acordo seja selado, o consórcio privado de hospitais ficará encarregado de contratar os profissionais de saúde para a gestão e fazer o atendimento aos pacientes, obedecendo aos valores de tabela já em vigor com o Iabas.