Nesta sexta-feira (10), o Governo do Rio de Janeiro assinou o contrato com o novo consórcio responsável pelas barcas. A partir de fevereiro, o Consórcio Rio Barcas assume a operação por 5 anos, prorrogáveis por mais 5. O contrato é no valor de cerca de R$ 1,9 bilhão.
O grupo CCR era até então responsável pelo trasnporte marítimo e administrava seis linhas e transportava uma média de 40 mil passageiros por dia. Agora será substituido pelo grupo formado por quatro empresas (BK Consultoria e Serviços, Internacional Marítima, Sudeste Navegação e Innovia Soluções Inteligentes).
A transição para a administração do novo consórcio já começa hoje e vai até 11 de fevereiro. O número de viagens segue o mesmo e, segundo o governo, não haverá reajuste de tarifa.
A assinatura contou com a presença do governador Cláudio Castro, do secretário de Transportes, Washington Reis, e de representantes do consórcio.
De acordo com o governador, será possível otimizar o sistema e analisar o valor comercial dos atuais roteiros e abrir novos caminhos de transporte.
“Temos hoje horários extremamente deficitários. Barcas enormes que carregam dez pessoas, cinco pessoas. A gente vai poder, a partir de agora, olhar para esse modal e entender para onde a gente vai mandar a embarcação grande, para onde a gente vai mandar a embarcação pequena. Temos um projeto de embarcações sociais, sobretudo para locais onde é muito importante ter horários, mas economicamente são inviáveis”, disse.
Em novembro do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) havia contestado a licitação por indícios de irregularidades no edital, mas depois acabou liberando o governo para assinar o contrato.
Integração com o Jaé
O governador afirmou que os modais administrados pelo Governo do Estado vão fazer parte do Jaé, sistema de bilhetagem da Prefeitura do Rio que deve substituir o Riocard. A entrada em funcionamento foi adiada para o dia 1° de julho.
“Esse adiamento que ele fez foi fundamental. Até lá, a nossa bilhetagem já estará licitada, e a integração já vai estar feita. O adiamento que a prefeitura fez conseguiu que a gente corrigisse o passivo de uma questão jurídica”, disse Castro.
Ele afirmou que questões jurídicas atrapalharam a licitação da bilhetagem e, consequentemente, a licitação do sistema.
“Em junho, já teremos todas as possibilidades de entrar com a bilhetagem full e ter um transporte mais transparente, com dados abertos, e saber o que realmente custa fazer o que precisamos”, afirmou o governador.
Ele disse ainda que a adoção do novo sistema é importante para dar transparência sobre a necessidade de subsídios e o valor deles.