A partir da próxima segunda-feira (29/05), as cozinheiras escolares da rede municipal de ensino de Niterói entrarão em greve em busca de melhores condições de trabalho, redução da carga horária e reajuste salarial. Além disso, uma das reivindicações é a transformação dos cargos de merendeiras para cozinheiras escolares, o que ainda não existe no município, juntamente com as implicações trabalhistas relacionadas.
Essas profissionais não se limitam apenas a servir as refeições prontas, mas também são responsáveis por todo o processo de preparo, armazenamento e distribuição do café da manhã, almoço e jantar. Desde 2016, quando elaboraram o Plano Municipal de Educação para Niterói para o período de 2015 a 2025, a categoria vem pleiteando de forma justa a mudança na nomenclatura dos cargos para garantir a equiparação salarial.
A vereadora Benny Briolly (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal da cidade, tem acompanhado e oferecido suporte à luta dessa categoria. Ela expressa sua consternação diante das condições de trabalho extremamente degradantes enfrentadas pelas mulheres nas escolas.
“Elas ficam de 10 a 12h em pé, sem tempo para horário de almoço. Teve uma cozinheira que infartou no trabalho. Dezenas estão se afastando por problemas graves de saúde. Crianças sem aula, turmas liberadas diariamente em diversas unidades por falta de recursos humanos e condições de trabalho que estão sobrecarregando as profissionais a este ponto. Como a gestão não cumpriu com as datas e encaminhamentos acordados, inclusive em reuniões que eu participei, a categoria de forma justa declarou greve a partir de segunda-feira. Todo apoio à luta das cozinheiras escolares de Niterói”, afirmou Benny Briolly.
Diante do descumprimento por parte da administração das datas e acordos estabelecidos, inclusive em reuniões em que a vereadora participou, a categoria justamente decidiu entrar em greve a partir de segunda-feira.
*estagiária sob supervisão de Raquel Morais