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Crime organizado infiltra parlamento: deputado é alvo de megaoperação no Rio

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Na manhã desta quarta-feira (03), a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil, deflagrou duas grandes ações integradas contra o crime organizado: Operação Zargun e Operação Bandeirante. Ambas fazem parte dos esforços da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Rio de Janeiro (FICCO-RJ) e revelam a profundidade da ligação entre facções criminosas e agentes públicos.

A Operação Zargun tem como alvo uma rede ligada à cúpula de uma das maiores facções do país, responsável por tráfico internacional de armas e drogas, lavagem de capitais e corrupção de autoridades. Foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão, além do sequestro de bens avaliados em R$ 40 milhões. A Justiça também determinou o afastamento de agentes públicos envolvidos e a transferência de líderes da facção para presídios federais de segurança máxima. As investigações apontam que o grupo importava armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, revendendo inclusive para facções rivais, enquanto garantia proteção por meio de acordos ilícitos com políticos e policiais.

Deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), o “TH Joias” acusado pela força-tarefa. Reprodução

Já a Operação Bandeirante revelou provas contundentes da atuação direta do deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), o “TH Joias”, em negociações criminosas. O parlamentar é acusado de intermediar a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados ao Complexo do Alemão, além de empregar em seu gabinete pessoas ligadas ao tráfico. Investigações financeiras identificaram empresas de fachada e movimentações suspeitas que reforçam o esquema de lavagem de dinheiro. A ação penal, foi proposta pelo procurador-geral de Justiça Antonio José Campos Moreira.

Segundo a polícia, o deputado foi preso num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Além dele, já foram presos Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, apontado como traficante, e Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, o Dudu, assessor de TH Jóias.

Segundo o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, o caso representa “a infiltração direta do crime organizado dentro do parlamento fluminense”, destacando que a atuação das forças de segurança demonstra que não há blindagem política para criminosos — seja armado na favela ou de terno na Assembleia.

Os investigados poderão responder por crimes como organização criminosa, tráfico internacional de armas e drogas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

As operações marcam um avanço no enfrentamento ao narcotráfico e à corrupção estrutural no estado, reforçando o compromisso das instituições em desarticular não apenas os soldados do crime nas ruas, mas também os seus representantes infiltrados no poder.

Deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), o “TH Joias” acusado pela força-tarefa. Redes Sociais.

MDB emite nota sobre o parlamentar

Diante das notícias de que o deputado suplente TH Joias está sendo procurado pela polícia, com mandado de prisão por suspeita de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, além de negociar armas para o Comando Vermelho (CV), o MDB decidiu expulsar o parlamentar. TH, que já não seguia a orientação partidária em seus posicionamentos e votações na Assembleia Legislativa do Rio, não fará mais parte dos nossos quadros”.

Washington Reis, presidente do Diretório Regional do MDB

*em atualização

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