O ator e diretor Robert Redford, um dos maiores nomes da história do cinema norte-americano, faleceu durante o sono nesta terça-feira (16), aos 89 anos, em sua casa em Utah, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada por sua assessoria de imprensa, sem divulgação da causa da morte.
Com uma carreira de mais de cinco décadas, Redford marcou gerações em clássicos como Butch Cassidy (1969), Golpe de Mestre (1973), Todos os Homens do Presidente (1976) e Entre Dois Amores (1985). Foi indicado ao Oscar como ator, mas levou a estatueta de Melhor Diretor com sua estreia atrás das câmeras em Gente como a Gente (1980), que também venceu como Melhor Filme.
Mais do que astro de Hollywood, ele consolidou o cinema independente americano ao fundar o Instituto Sundance e o Festival de Cinema de Sundance, que se tornaram referências mundiais na revelação de novos talentos. Foi neste palco que cineastas como Steven Soderbergh despontaram e filmes como Central do Brasil (1999), de Walter Salles, ganharam projeção internacional.
Fora das telas, Redford se destacou como ativista ambiental, engajado em campanhas de preservação desde os anos 1970.
Mas, para as novas gerações, sua última grande aparição no cinema foi como Alexander Pierce, o vilão de Capitão América: O Soldado Invernal (2014), papel que voltou a interpretar em Vingadores: Ultimato (2019). Essa participação na franquia Marvel marcou o encerramento de sua trajetória no cinema com um personagem de peso, lembrando ao público sua versatilidade como ator.
Galã, cineasta, ativista e ícone cultural, Robert Redford deixa um legado que une glamour, consciência social e a defesa de um cinema autoral, além de uma despedida memorável como vilão de uma das maiores sagas da cultura pop.
