A Prefeitura de Maricá, celebrou na segunda-feira (10) o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, no auditório do Banco Mumbuca, no Centro. O evento iniciou com uma roda de conversa, com pesquisadoras e convidadas compartilhando suas experiências acadêmicas e profissionais, exemplificando o sucesso feminino na área.
Comemorada no dia 11 de fevereiro, a data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, e tem como objetivo inspirar e incentivar futuras gerações a destacar a importância da participação feminina na ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM).
Secretária de Ciência e Tecnologia, Sabrina Alves destacou a importância da iniciativa. “Esse evento é importantíssimo para que se crie um destaque das mulheres na ciência. Hoje, nós procuramos trabalhar para que haja esse despertar das meninas e mulheres na ciência, despertar a cientista que existe dentro delas, para que ela venha desenvolvendo esse trabalho, e ao longo do tempo ocupe esse espaço profissional”, disse a gestora.
Além da roda de conversa, quem esteve presente pôde prestigiar a participação das alunas do Instituto Federal Fluminense (IFF), Yris Beatriz Goulart e Júlia Lopes, que representaram o Projeto “Juventude Sanear”, iniciativa que busca incentivar jovens talentos a desenvolverem projetos escolares com potencial de solucionar desafios relacionados à água, ao saneamento, meio ambiente e sustentabilidade, colaborando para o avanço dos serviços municipais.
A celebração continua nesta terça-feira (11), com visitas técnicas à Fazenda Joaquim Piñero, em Itaipuaçu, e Farmacopéia, no Caju.
Troca de experiências incentivam jovens talentos
Uma das convidadas para compor a mesa de apresentação, a pesquisadora Magali Rodrigues, moradora do bairro de São José do Imbassaí, traz um exemplo claro de como as mulheres estão conquistando o protagonismo em espaços na ciência e em campos tradicionalmente masculinos, compartilhando um legado poderoso de empoderamento, convidando todas as mulheres a se reconhecerem como cientistas em diversas áreas, com o foco na realização pessoal.
“Fui convidada para participar da mesa deste evento em homenagem às mulheres e meninas na ciência. Este evento é de extrema importância para o gênero feminino, que hoje está conquistando diversos espaços em que antes não havia mulheres trabalhando. Eu trabalho com maquinário agrícola e sou a única mulher que dá aula na Escola Técnica e Agropecuária na parte de mecanização, onde só há homens. O mais importante é ser feliz no que faz, buscar aquilo que traz amor e satisfação. Hoje, posso dizer que encontrei felicidade no meu trabalho, e ele também compõe minha vida social”, comentou.
Magali estava acompanhada de sua filha Helena, de 13 anos, que pretende seguir os passos da mãe, representando a esperança da nova geração e revolucionando a ciência com novas perspectivas e descobertas, sendo fonte de inspiração para todas as meninas e mulheres.
“Estou aqui fazendo parte dessa nova geração para mostrar às mulheres e meninas que estudam em lugares como esses, que elas podem alcançar grandes coisas. Eu sei que a jornada não é fácil, porque as mulheres, muitas vezes, têm que superar barreiras, mas a nova geração está aqui para revolucionar, trazer novas descobertas e fazer a diferença. As mulheres estão, sim, transformando a ciência e o mundo.”, completou a estudante.