“Você sabe o que é Caviar?” É nessa balada da música do Zeca Pagodinho que o Errejota Notícias mostra pra você que na cidade de Maricá, segundo a Oi, só existem 83 orelhões. Muitos moradores sequer sabem qual utilidade deles, mas a galera mais antiga usou e abusou deste meio de comunicação.
No final da década de 80 e início de 90 estes equipamentos eram super disputados, inovadores na comunicação. Passaram das famosas fichas para cartões telefônicos até serem esquecidos com o surgimento dos celulares e começarem a desaparecer. Hoje, encontrar um orelhão é tarefa quase que impossível e, quando se acha, precisamos torcer para que esteja funcionando.
Abandonados nas ruas, os orelhões são alvos de vandalismo. Os principais defeitos relatados são: defeitos em leitora de cartões, monofones e teclado. A cabine (parte da estrutura feita em fibra) sofre com as pichações e colagem indevida de propagandas, prejudicando seu uso.
Como dissemos, esse equipamento já foi disputado e hoje é observado como um quebra galho na falta de um celular. Em Maricá temos um aparelho para cada 1.807 moradores, levando em consideração uma população de 150 mil habitantes. De acordo com a Oi, eles estão instalados próximos a locais onde há demanda como shoppings, escolas, postos de saúde, hospitais, órgãos dos poderes executivo, legislativo e judiciário, estabelecimentos de segurança pública, bibliotecas, museus, terminais rodoviários, aeródromos, etc.
A professora Alessandra Ferreira, 40 anos, conta que os orelhões fizeram parte da sua infância, e lembra com carinho quantas vezes ficava esperando a hora para ligar para o amado.
“Nossa!!! Era muito bom, melhor que o celular. Era mais quente, mesmo falando e ouvindo a voz de quem amávamos a saudade ainda permanecia. Era muito mais romântico que o celular. Um sentimento bom! Carregávamos fichas e mais fichas para ficar todo o tempo do mundo falando, e só parávamos quando outra pessoa chegava para ligar”, contou a professora.
Manutenção – Oi informa ainda que mantém um programa permanente de manutenção de seus telefones públicos e conta com as solicitações de reparo enviadas à companhia pelo canal de atendimento 10331 por consumidores e por entidades públicas.