Em cerimônia realizada na tarde desta segunda-feira (22/01) no Cine Teatro Henfil, a Prefeitura de Maricá assinou um Protocolo de Intenções com a empresa DTA Engenharia, responsável pelas futuras instalações do Terminal Portuário de Ponta Negra. O documento, que teve suas cláusulas lidas publicamente pelo prefeito Fabiano Horta, firmou o compromisso de se criar fomento e financiamento à capacitação da população do município.
“A partir da possibilidade concreta de licença de instalação emitida, nós vamos, em conjunto com a DTA, criar um fundo que vai ser financiador da capacitação dos trabalhadores e dos jovens da nossa cidade, para que eles tenham protagonismo e primazia na dimensão de ocupação dos espaços e dos empregos que o Porto vai gerar”, declarou o prefeito.
De acordo com o secretário de Indústria e Portuária de Maricá, Igor Sardinha, a criação, por parte da Prefeitura, de uma Central de Cadastramento de Mão de Obra; de um Fundo de Qualificação Profissional e de um “FIES” da Capacitação Profissional, são pontos centrais do contrato formalizado. “Queremos cadastrar os cidadãos interessados em ser encaminhados para a empresa, e saber que a empresa se compromete em priorizar a contratação desta mão de obra local”, afirmou o secretário. “Utilizaremos um fundo de recursos municipais e privados para que se consiga avançar na capacitação profissional necessária para o acesso a esses empregos. E vamos implantar também uma espécie de Fundo de Financiamento Estudantil, para possibilitar aos maricaenses a realização de cursos que eventualmente não possam ser ofertados no nosso município”, explicou Igor.
O cronograma de alocação de mão de obra contemplará cargos como: engenheiro chefe de obra; encarregados; mestres de obra; operadores de máquinas; operadores de central de concreto; operadores de central de asfalto; garçons; cozinheiros; motoristas; operadores de pedreira; assistentes sociais; psicólogos, entre outros.
Segundo o presidente da DTA Engenharia, João Acácio Gomes de Oliveira Neto, o investimento portuário é um ato de política pública indutor de desenvolvimento. “Este projeto é um investimento de bilhões, com geração de milhares de empregos. Ao todo, 52 profissões estarão alocadas durante a fase de obras, gerando cerca de três mil empregos diretos”, afirmou. Para João, Maricá possui condições naturais para a recepção de navios de grande porte, que poderão gerar uma série de vantagens na cadeia econômica do Estado, como a diminuição no valor de produtos importados. “Hoje, o Porto do Rio de Janeiro opera com calado de 13 metros, o Terminal de Ponta Negra poderá operar com calado de 27 metros, que poderá atender navios de 500 mil toneladas, sendo esses grandes graneleiros de petróleo e grandes navios de contêineres que atualmente não vem para o Brasil, por não termos porto para recebê-los”, finalizou.