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“Estou saindo da Codemar, mas não de Maricá”, diz futuro ‘vice-ministro’ de Relações Institucionais

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Atual presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), Olavo Noleto vai deixar o comando da empresa pública maricaense para assumir um novo desafio a nível nacional; ele foi convidado para assumir o posto de número 02 do Ministério de Relações Institucionais, que será comandado pelo deputado e ex-ministro Alexandre Padilha (PT).

O ErreJota Notícias conversou com exclusividade com Olavo e falou sobre os desafios que o terceiro mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá já a partir de 01 de janeiro de 2023. O presidente da Codemar também fez um balanço dos três anos em que esteve na cidade – um como secretário de Comunicação Social e outros dois à frente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá.

ErreJota Notícias: Como está essa rotina de viagens para tratar do futuro governo Lula?

Olavo Noleto: Estou ‘lá e cá’. Agora estou em Brasília. Vim tratar de assuntos da transição, vou passar o Natal com a família em Goiânia e volto para Maricá para cuidar da transição na Codemar. Mas a residência e o coração continuam em Maricá. Uma vez Maricá, sempre Maricá.

ErreJota Notícias: Como surgiu o convite para ser o número 02 do Ministério de Relações Institucionais e o que espera encontrar nessa nova jornada?

Olavo Noleto: A orientação do presidente Lula é a de que nós devemos enfrentar esse momento entendendo que esse será um governo de coalizão democrática e de reconstrução nacional. São dois conceitos que são orientações políticas do presidente eleito. O diálogo permanente com todas as forças democráticas; temos o compromisso do diálogo, do respeito, e de uma coalizão política em defesa da democracia foram compromissos de campanha e que estão sendo reafirmados.

Nós sabemos o tamanho do problema, do desmonte do Estado brasileiro e do esforço de reconstrução nacional que vai ter que ser feito. Vai ser um trabalho articulado, planejado e pactuado com a sociedade. A orientação do ministro Alexandre Padilha é de nós organizarmos a equipe do ministério, fazermos articulação com as outras pastas para ajudar nessa tarefa de coordenação política do governo.

ErreJota Notícias: O relatório preparado pelo Governo de Transição foi entregue ontem e se percebeu um Estado com muitas dificuldades. Vai passar pelo Ministério de Relações Institucionais a responsabilidade de ajudar nessa reconstrução. Qual é a sua análise, observando o que está no relatório preparado, observando tudo o que vem acontecendo no Brasil, do tamanho do desafio que será nesse novo governo Lula?

Olavo Noleto: Nós sabemos que várias estruturas importantes foram desmontadas, que precisam ser retomadas e reconstruídas. O importante é a centralidade política de que a gente entende o papel do Estado e vamos ter que discutir a agenda de 2023 à luz desse desafio de reconstruir o papel do Estado mas, também, das dificuldades que vamos enfrentar de ordem orçamentária. Em qualquer país, o debate começa pela economia. Mas, em países em desenvolvimento, em que as pessoas ainda passam necessidades e estão em situação de alta vulnerabilidade, esse debate deve ser pautado pela economia das pessoas.

Foto: Lucas Nunes

Maricá é um exemplo de um lugar que construiu uma economia circular através de um programa de renda básica de cidadania que focou nas pessoas e teve resultados econômicos importantes. Esse diálogo do poder local, da economia solidária, da economia das pessoas, trazendo mais força na equação do debate econômico, tenho certeza de que é algo que vai pautar o próximo governo.

ErreJota Notícias: Em Maricá, o senhor desempenhou dois papeis: o de secretário de Comunicação Social e de presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar). Qual é o balanço que o senhor faz da sua passagem pela cidade?

Olavo Noleto ao ser empossado secretário de Comunicação Social de Maricá

Olavo Noleto: Foram três anos em Maricá e eu tenho que dizer que foi a missão mais feliz da minha vida. Claro que ter passado nos dois primeiros governos do Lula e nos governos Dilma, ter passado por missões nacionais anteriormente, sempre foram muito honrosos. Mas nenhum lugar me permitiu sonhar e executar aquilo que sonhei com tanto apoio, afetividade, compromisso público com os mais pobres, tanto sentido de serviço público. Por isso que falo que estou saindo da Codemar mas não de Maricá. Eu adotei o lema ´Maricá é meu país´ e me sinto, hoje, maricaense.

Na Codemar, desenvolvemos projetos encantadores. No eixo da economia criativa, tivemos o Festival Pedacinho do Céu, tivemos o trabalho com as casas museus que estão sendo erguidos; temos o hotel – que está sendo licitado agora e fortalece o turismo cultural e o de negócios; o aeroporto, que está explodindo (conseguimos ativá-lo e, hoje, ele funciona a todo vapor com mais de 20 voos diários).

Criamos a Maricá Telecom, que é um orgulho e vai explodir, também, em 2023; criamos a Maricá Biotec, com diversos projetos como a farmacopeia, os laboratórios com a UFF, o Lagoa Viva que renovou e está fazendo renascer o complexo lagunar de Maricá. A biotecnologia vai ser um ativo importante da cidade. Temos o Parque Tecnológico que está em construção, os fundos imobiliário e verde, estamos licitando energia fotovoltaica… Poder participar desse sonho é algo que não tenho como descrever e agradecer ao prefeito Fabiano Horta, ao ex-prefeito Washington Quaquá. Sou parte desse grupo e tenho que agradecer a confiança deles.

ErreJota Notícias: Na Codemar, o senhor pode fazer muito pelo desenvolvimento econômico e social do município. Qual é a sua visão do futuro da cidade, com todos esses projetos citados, na formação de uma cidade-modelo para o estado e para o país?

Olavo Noleto: Maricá é a princesinha do Leste Fluminense e Região dos Lagos, é a cidade do futuro. A economia depois da Ponte Rio-Niterói vai acontecer passando por Maricá. Tudo o que já aconteceu com cidades como Macaé, Cabo Frio, vai acontecer em Maricá, mas com outra pujança.

A gente construiu e segue construindo uma economia das pessoas. A renda está sendo distribuída e está sendo cada dia mais distribuída. As pessoas vão participar da economia real com cooperativas, como o polo de moda. Cada projeto nosso tem uma pegada de colocar o cidadão de Maricá como protagonista, participando da renda. Acho que a cidade, para os próximos dez anos, é a cidade do futuro no estado do Rio de Janeiro.

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