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Exposição “Rua da Relação, 40: testemunho material da violência de Estado” chega em Niterói

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Niterói recebe, até 30 de abril, a exposição “Rua da Relação, 40: testemunho material da violência de Estado”, que reúne documentos e arquivos históricos sobre prisões e torturas ocorridas no antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), durante a ditadura militar no Brasil. A mostra é promovida pela Prefeitura de Niterói, através da Secretaria Municipal das Culturas (SMC), em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF). A exposição foi aberta nesta segunda-feira (31), no Centro de Artes da UFF, e contou com a presença da prefeita em exercício, Isabel Swan. A visitação é gratuita e acontece de segunda a sábado, das 9h às 21h.

“Preservar a memória histórica é fundamental para que possamos construir um futuro onde os direitos humanos sejam respeitados e a democracia fortalecida. Essa exposição nos lembra das atrocidades cometidas no passado para que nunca mais se repitam. Niterói, como pioneira na criação da Comissão Municipal da Verdade, tem a responsabilidade de garantir que o sofrimento de tantas pessoas seja reconhecido e que a justiça continue sendo uma prioridade para todos. Niterói vai estar sempre ao lado da cultura e na preservação de nossas memórias para as próximas gerações”, destacou a prefeita em exercício, Isabel Swan.

O prédio da Rua da Relação, na Lapa, onde hoje funciona o Palácio da Polícia, foi inaugurado em 1910 e abrigou o antigo Dops. Além de ter sido palco de perseguições e torturas durante o regime militar, antes mesmo desse período histórico o local já havia sido usado para aprisionar pessoas perseguidas por crenças religiosas afro-brasileiras, “vadiagem” e identidade LGBTQIA+.

O procurador-geral do Município, Técio Lins e Silva, deu um depoimento emocionado de quem esteve no Departamento de Ordem Política e Social (Dops) como advogado de presos políticos.

“Estive lá naquela época, quando todos esses horrores aconteciam. Porque foi institucionalizada no país a tortura como meio de investigação criminal pelo Estado, quando se admitiu a tortura em sedes do governo. Hoje, quando a Universidade e a Prefeitura se unem com os organismos para mostrar um pouco de como se tratavam as pessoas e o que foi feito, mostra ao mundo e ao Brasil que isso não vai se repetir mais. Aquelas atrocidades não podem nunca mais acontecer”, afirmou Técio Lins e Silva.         

A exposição é aberta ao público e conta com apoio da Universidade Federal Fluminense (UFF) e de entidades ligadas à defesa dos direitos humanos. O reitor da UFF, Antônio Claudio Nóbrega, lembrou que ao receber a proposta da Prefeitura para a realização da exposição não pensou duas vezes.

“Temos hoje um universo de mais de 70 mil alunos que ouviram falar e temos o compromisso com a construção de um país que continuamente precisa recontar sua história e os fatos, mas precisa também entender como é a informação. Então, é um desafio importante para a universidade. É claro que a memória é reconstruída continuamente, e esse ato é fundamental para que a memória dos fatos esteja viva, para que as pessoas possam se situar”, explicou o reitor.

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