O prefeito de Maricá Fabiano Horta concedeu, nesta quinta (01), uma entrevista ao podcast Simples Assim e falou sobre possíveis cargos após o término do mandato. Ele ratificou que precisará de um período sabático – algo que já tinha sido anunciado – mas pontuou que sabe da relevância política que ganhou ao longo dos últimos anos.
“O exercício de Prefeito vai me levar ao exercício de uma natureza de liderança em um outro espaço e em um outro tempo, mas refletindo a dinâmica do que a gente fez em Maricá. Esse é um legado que eu vou ter que carregar”, afirmou o prefeito.
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“Eu acho que você acumula, na vida, ativos – no sentido daquilo que, na política, você foi realizando – e sei que Maricá hoje carrega um peso – para fora da cidade, em um diálogo regional e com a Baixada Fluminense – que fazem com que a gente, aqui (e, por óbvio, fazendo uma ampla discussão partidária, que deve se dar para maturar qualquer outro processo), construísse uma bela referência que vai, sem dúvidas, dialogar com o futuro do Estado”, afirmou Fabiano.
Ainda na resposta à pergunta da jornalista e host Izabel Oliveira, o prefeito não definiu futuros cargos. “Não quero definir nenhuma conjectura fechada de: ‘ah, vai ser isso’. Não. Vamos exercer atividades públicas levando toda a transformação que Maricá viveu. Essa é uma tendência para que a gente possa expressar isso em funções futuras, tenho a clareza de que vou cumprir esse papel, mas também tenho a clareza de que eu preciso de um sabatismo, um período de descanso, um ano de descanso”, disse.
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Fabiano lembrou que é um político de grupo, que foi responsável pelas eleições para deputado federal e prefeito. “Eu sempre fui um cara levado pelo processo coletivo e que vai se avolumando ao meu redor. Foi assim quando eu virei prefeito e tinha sido assim quando fui deputado”, comentou.
“A cidade não tinha uma certeza. A nossa eleição para deputado federal era uma incógnita absoluta e foi não natural se eleger. Não se eleger [deputado] seria o natural. Nossa eleição foi atípica pelo tamanho da cidade à época e, ao mesmo tempo, foi exitosa pelo processo que o nosso grupo construiu aqui. Ali eu virei deputado, depois prefeito, nessa coisa do todo, do coletivo, e sei do papel que vou cumprir”, completou.
Sobre o período sabático que pretende cumprir, o chefe do Executivo maricaense não definiu um prazo, mas deixou claro que deve se afastar da política por algum tempo. “Não necessariamente um ano, mas um período de descanso para a mente. Tenho coisas, ainda, a fazer da vida que falam com um tempo de refúgio, de reflexão”, acredita.
“É uma atividade desgastante. Estou indo para 16 anos de exercício institucional, de mandatos de vereador, deputado e prefeito. Tudo foi se acumulando. Vamos pegar isso e transformar em potência. O futuro e o coletivo vão dizer isso. Mas a própria potência, às vezes, precisa de um tempo de acumulação e descanso para ela se expressar”, completou.
As atividades durante esse período sabático já foram definidas. “Eu brinco que tenho um desejo de cuidar das galinhas, carregar caixotes e viajar o Brasil vendo os jogos do Botafogo. Eu quero pegar de manhã cedo, encher o carro de ovos, levar para comercialização, para o Ceasa e tal, depois pegar o carro e ir ver o jogo do Botafogo, viajar o Brasil… Fazer isso por um período de tempo me vai ser muito agradável”, concluiu.
