O prefeito do Rio, Eduardo Paes, visitou na última terça-feira (21) as obras da Fábrica do Samba Rosa Magalhães, em São Cristóvão, na Zona Norte. O novo espaço, localizado na Rua Francisco Eugênio, próximo à antiga Estação Leopoldina, vai reunir 14 galpões para abrigar as escolas de samba da Série Ouro, além de oferecer áreas de lazer, eventos e convivência para o público.
“É impressionante como a obra avançou. O método construtivo indica que devemos começar a liberar os primeiros barracões em meados do próximo ano. Boa parte dessas escolas hoje está em condições precárias, em galpões degradados, alguns sob risco de despejo. A Fábrica do Samba é essencial para valorizar o Carnaval e melhorar as condições de trabalho das escolas”, afirmou o prefeito, que esteve acompanhado do vice-prefeito Eduardo Cavaliere.
Atualmente, cinco galpões (do 5 ao 9) estão em fase de construção. As equipes trabalham nas fundações, nivelamento e montagem das estruturas metálicas. Nos galpões 6 e 7, são instaladas as formas das cintas; no 9, ocorre o nivelamento da base; e no 8, avança a colocação das peças pré-moldadas. Até agora, já foram executadas 378 das 728 estacas que sustentam a base dos prédios.
A expectativa é que as escolas de samba comecem a ocupar os galpões à medida que fiquem prontos, garantindo que, no Carnaval de 2027, todas as agremiações da Série Ouro estejam instaladas no novo complexo.
Cada galpão terá cerca de 1,6 mil metros quadrados, com oficinas de pintura, costura e resinagem, depósito de fantasias e esculturas, além de área para modelagem de carros alegóricos. O térreo servirá como garagem para até quatro alegorias por escola; o primeiro pavimento terá refeitório; e o segundo será destinado à confecção de fantasias e adereços.
O projeto prevê ainda elevadores de carga e social, banheiros, vestiários, sistema de combate a incêndio e uma área administrativa. No total, o complexo ocupará 33 mil metros quadrados e contará com praça de eventos, palco, quiosques, áreas de convivência e iluminação natural. Placas fotovoltaicas vão gerar parte da energia consumida no espaço.
“Estamos com bom ritmo de execução. A etapa de fundação é demorada, mas o avanço já é visível. Além dos galpões, temos toda a urbanização para concluir. Vamos trabalhar intensamente para entregar esse equipamento à cidade”, destacou o secretário de Infraestrutura, Wanderson Santos, responsável pela Rio-Urbe, empresa executora da obra.
Escolas da Série Ouro sofrem grandes prejuízos com incêndio que destruiu barracões e materiais do próximo Carnaval
A Prefeitura do Rio de Janeiro manifestou sua solidariedade às escolas de samba Inocentes de Belford Roxo, Unidos do Jacarezinho, Acadêmicos de Vigário Geral e Unidos do Porto da Pedra, que tiveram seus barracões atingidos por um incêndio na região do Santo Cristo, Zona Portuária, entre a tarde de quarta-feira (22) e a manhã desta quinta-feira (23).
O fogo destruiu parte das alegorias e fantasias que estavam sendo confeccionadas para o Carnaval 2026, atingindo especialmente os espaços das escolas Unidos do Jacarezinho e Acadêmicos de Vigário Geral. Segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 40 militares de seis quartéis atuaram no combate às chamas, evitando que o incêndio se espalhasse para outros galpões vizinhos. Felizmente, não houve registro de vítimas.
O município reconhece a importância do trabalho dessas agremiações para a cultura e a identidade carioca e acompanha com atenção as ações da Defesa Civil, que iniciou a perícia para apurar as causas do incêndio.
A Prefeitura também reitera seu compromisso com o fortalecimento do Carnaval, destacando o avanço das obras da Fábrica do Samba Rosa Magalhães, em São Cristóvão — novo espaço projetado para abrigar com segurança e infraestrutura adequada as escolas da Série Ouro, oferecendo galpões modernos e sustentáveis.
Neste momento de perda e reconstrução, a Prefeitura do Rio se une à LigaRJ e às demais instituições do samba em apoio às escolas atingidas, reafirmando que o Carnaval é expressão viva da arte, da resistência e da força do povo carioca.
