A falta de leitos e o número de infectados em evolução no o estado do Rio de Janeiro pode evidenciar um colapso entre o fim de maio e o início de junho. A informação é do secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, em analise do avanço da curva epidemiológica que para ele já está descontrolada. Hoje, Mais de 300 pessoas com sintomas de Covid-19 estão na fila por uma vaga na UTI.
O secretário utilizou a matemática para explicar a situação do Rio. Segundo ele, o estado registrou até o momento 8 mil casos. Estima-se que de 15 a 20 não são diagnosticados para cada notificado, o que em números reis representaria uma base de 140 mil pessoas infectadas.
“Isso projeta para as próximas duas semanas a necessidade de 21 mil leitos de enfermaria e 7 mil de CTI, o que obviamente é matematicamente impossível. Não há sistema de saúde no mundo que seja capaz de acompanhar. O que a gente infelizmente imagina que vai acontecer nas próximas semanas, independentemente dos leitos que serão abertos, é que a necessidade por esses leitos seja muito maior do que a capacidade”, disse Edson Santos.
Colapso na mão de obra
Segundo o secretário, mesmo que fossem abertos mais leitos, falta mão de obra qualificada para atuar no combate à Covid-19.
“Não há profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, em número suficiente para abrir leitos”.