A família do entregador de aplicativo Nilton Ramos de Oliveira, de 24 anos, baleado na perna na última segunda-feira, 04, após discutir com um cliente em Vila Valqueire, bairro da Zona Oeste do Rio, vai entrar com processo por agressão com motivo racial contra o atirador, identificado como o cabo da Polícia Militar Roy Martins Cavalcante.
“O que aconteceu foi por causa de racismo”, afirmou o cunhado da vítima, identificou-se apenas como Luiz Cláudio. Por orientação do advogado, a família prefere ainda não falar com a imprensa.
Além disso, os familiares pedirão medida protetiva no Ministério Público do Estado, por se sentirem intimidados por PMs no Hospital Salgado Filho, onde Nilton está internado. De acordo com a família, seu estado de saúde é estável.
Procurada, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que na noite desta terça-feira (04/03), policiais militares do 18ºBPM (Jacarepaguá), foram acionados para uma ocorrência na Praça Saiqui, em Vila Valqueire.
De acordo com o comando da unidade, a equipe foi até o local e constatou ser uma ocorrência entre um entregador e um homem, identificado como policial militar, onde o entregador foi atingido por disparo de arma de fogo após uma discussão e estava caído no chão. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital Salgado Filho.
Segundo ainda a PM, o referido militar se apresentou espontaneamente na 30ª DP (Deodoro), onde prestou depoimento e foi posteriormente liberado pela autoridade policial. Em paralelo a investigação da Polícia Civil, a Corregedoria abriu um procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias do fato e a conduta do agente. A apuração está em andamento.
Também procurada, a Secretaria de Estado da Polícia Civil informou que a investigação está em andamento na 28ª DP (Praça Seca). A vítima será ouvida quando receber alta médica. Os agentes estão em busca de possíveis testemunhas para prestar depoimento. Diligências estão sendo realizadas para esclarecer todos os fatos.
