spot_imgspot_img

Leia a nossa última edição #75

spot_img
spot_imgspot_img

Folhas do ipê ajudam a monitorar emissões de combustíveis fósseis

spot_imgspot_img

Mais lidas

A emissão de poluentes, oriundos da queima de combustíveis fósseis, e o aumento de gases do efeito estufa na atmosfera acendem um alerta tanto para o clima quanto para a saúde do ser humano. Com o intuito de verificar essas emissões, a Universidade Federal Fluminense (UFF) desenvolve um projeto de monitoramento de combustíveis fósseis no estado do Rio de Janeiro. A iniciativa permite identificar a qualidade do ar em determinadas regiões, assim como também colaborar para a criação de políticas que diminuam essas emissões.  

De acordo com o estudo, os maiores índices de poluição foram constatados ao redor da Baía da Guanabara, em bairros do Centro do Rio, Baixada Fluminense, Niterói, São Gonçalo e Nova Friburgo.

Os combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural e petróleo) são compostos formados através de processos naturais; por exemplo, a decomposição de organismos mortos. Essas substâncias contêm alta quantidade de carbono e são matéria-prima para a produção de energia.

A queima de combustíveis fósseis libera gases poluentes na atmosfera, como o dióxido de carbono (CO₂), o monóxido de carbono (CO) e outros poluentes. A emissão desses gases resulta na poluição atmosférica, ocasionando danos ao meio ambiente e à saúde dos indivíduos.  

De acordo com dados da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), os níveis de dióxido de carbono na atmosfera estão se aproximando dos 420 ppm. O aumento do valor está ligado, principalmente, à queima de combustíveis fósseis provenientes das ações humanas. Caso esse valor não diminua, geram-se consequências como o aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos.

Nesse sentido, as grandes cidades contribuem para as trocas de carbono do ambiente e para o aquecimento global. Elas são responsáveis pela emissão de poluentes através das indústrias, dos transportes e da densa ocupação populacional.

Para fazer frente a essa realidade, o projeto, iniciado em 2014 pela Fabiana M. de Oliveira, docente do Instituto de Química da UFF e uma das coordenadoras do Laboratório de Radiocarbono (LAC-UFF), busca monitorar as emissões e contribuir para a elaboração de estratégias de mitigação dessas poluições. 

Inicialmente, folhas de ipê de áreas urbanas e rurais do estado foram analisadas no estudo. O ipê é uma planta decídua, ou seja, perde suas folhas anualmente. Logo, a reunião dessas amostras possibilita o registro anual da troca de carbono entre a planta e a atmosfera. A utilização do carbono 14 (radiocarbono; isótopo radioativo assimilado pelas plantas através da fotossíntese) como marcador possibilita verificar a variação de carbono ao longo do tempo.

“Nós divulgamos, através de um estudo realizado durante o meu doutorado, o mapeamento dos lugares com maior e menor emissão de combustíveis fósseis no estado do Rio de Janeiro, por meio da análise de carbono 14 em folhas de ipê. Esses resultados foram o start para começarmos a desenvolver o monitoramento em outras matrizes”, comenta Fabiana.

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img

Últimas notícias

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img