A equipe médica da maternidade do Hospital Municipal Desembargador Leal Junior, em Nancilândia, foi surpreendida na última quarta-feira (17) pela gêmeas Ruth e Raquel Corrêa de Jesus Chaves, de 18 anos, as irmãs idênticas deram à luz aos seus primogênitos, João Miguel e Mateus, com a diferença de apenas uma hora entre os partos. As irmãs são moradoras do bairro Reta Velha, em Itaboraí.
Assistidas pela Rede Cegonha, programa criado pelo Ministério da Saúde em 2011, as gêmeas cumpriam tempos gestacionais diferentes quando se encontraram, na manhã da Quarta-feira de Cinzas, na maternidade. João Miguel, filho de Ruth, nasceu primeiro, às 8h29, com 41 semanas de gravidez. Já Mateus, de Raquel, nasceu às 9h29, com 38 semanas de gestação. Ambos partos foram realizados de forma normal.
A coincidência encantou toda a equipe médica do hospital. Trabalhando há 35 anos na maternidade, a coordenadora de Enfermagem, Leila Maria Merenciana, conta que nunca viu algo parecido em todo esse tempo de serviço. A história das gêmeas virou o assunto mais comentado nos corredores da unidade.
“Ficamos todos surpresos e encantados. Nunca tínhamos ouvido falar de duas irmãs gêmeas, com períodos gestacionais diferentes, darem à luz no mesmo dia, com pouca diferença de horas, sem combinar. Parece até que marcaram”, conta a enfermeira.
Marcar realmente não estava nos planos das irmãs. Segundo Raquel, ela nem sabia que a irmã já estava no hospital quando deu entrada sentindo as contrações. Ambas jovens já eram pacientes da unidade, acompanhadas durante todo o pré-natal, conforme preconizado pela Rede Cegonha, que é uma estratégia federal com objetivo de implementar uma rede de cuidados e assegurar direitos às mulheres.
De acordo com a diretora geral, Patrícia Rodriguez, os profissionais do hospital estão preparados para cumprir as diretrizes da Rede Cegonha conforme determinado pelo Ministério da Saúde.
“A Rede Cegonha assegura a mulher com uma rede de cuidados, o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada a gravidez, ao parto e ao puerpério, assim como a criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudável”, explica