Um oficial de justiça notificou, no fim da tarde desta terça (21), o Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Região (SVNIT) e determinou a suspensão da greve da categoria. O documento, expedido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região, determina efetivo mínimo de profissionais nos postos de trabalho.
“Não vamos aceitar as perseguições e muito menos a tentativa de impor contratos parciais. É desumano, explora a mão de obra dos vigilantes que têm de superar diversos obstáculos e preparações para exercer a profissão”, disse o presidente do SVNIT Cláudio Vigilante.
A liminar prevê que 100% dos vigilantes que trabalham nas agências da Caixa Econômica Federal atuem, enquanto nas demais instituições bancárias o efetivo deve ser de 70%. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 20 mil.
Novas manifestações – Apesar da proibição da paralisação, o Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Região permanecerá mobilizado. Já na manhã desta quarta (22), manifestações acontecem na porta de cada banco da Av. Amaral Peixoto, e um ato na Praça Arariboia, no Centro, fecha a programação.
“Mesmo com as proibições da Justiça sobre nossa greve, não vamos parar de denunciar as irregularidades cometidas pelas empresas de segurança privada no estado do Rio. Vamos promover manifestações e mostrar claramente como as empresas tratam os vigilantes como escravos”, afirma Cláudio Vigilante, presidente do SVNIT.
A categoria está em negociação salarial desde janeiro deste ano e, em março, ficou decido que eles queriam um aumento de 100% em cima do valor da inflação. Como o índice da inflação, em março, era de 4%, os vigilantes pedem a reposição e mais 4% de reajuste real. Além disso o ticket refeição no valor de R$ 22/dia passaria para R$ 30.
A proposta patronal é de aumento de R$ 1 no ticket alimentação (passando para R$ 23), além de congelamento do salário (nenhum aumento salarial). Também haveria a suspensão do plano ambulatorial que sempre tiveram. A categoria rejeitou a proposta durante votação ocorrida entre 09 e 12/07 e decidiu pela greve.