Um homem de 62 anos, não identificado foi acusado de assedir alunas nesta quinta-feira (10), no campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense, em Niterói. O suspeito é estudante de Medicina Veterinária na instituição.
Em videos que circulam pelas redes sociais mostram diversos alunos da universidade revoltados com o caso. O suspeito precisou ser amparado por seguranças na UFF até a chegada polícia, após um estudando agradí-lo.
Segundo testemunhas que estavam no local, após os policiais revistaram sua mochila foi encontrado uma bomba peniana, viagra e uma outra medicação do tipo sedativo.
De acordo com a Polícia Militar, agentes do 12º BPM (local) foram acionados para verificar uma ocorrência de importunação sexual no campus da UFF. No local, os policiais encontraram um estudante detido por populares, suspeito de praticar importunação sexual, apresentando alguns ferimentos. E que o caso será registrado, em primeiro momento, como “fato atípico”, pois a estudante não compareceu à delegacia para prestar depoimentos contra o acusado. Após isso, a delegada fará uma análise minuciosa sobre o caso e decidirá como ficará o registro oficial da ocorrência.
Contra ele, constam passagens na polícia por violência doméstica, desobediência, duas por lesão corporal, desobediência a ordem judicial e destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia.
Em nota, a Universidade Federal Fluminense (UFF) confirma o caso de assédio sexual e a detenção de um estudante da universidade no campus do Gragoatá.
“Primeiramente, reiteramos nossa posição contra toda e qualquer forma de assédio, importunação e violência contra as mulheres. Ao tomar conhecimento das denúncias de assédio, a equipe de segurança da universidade prontamente acionou a Polícia Militar, que conduziu o suspeito à delegacia”, diz a nota.
A universidade afirma que, no âmbito interno, iniciará a apuração do caso para tomar as medidas cabíveis na esfera acadêmica e administrativa. A universidade também se coloca à disposição para prestar apoio e acolhimento às vítimas.
A UFF lamenta o ocorrido e ressalta que tem atuado de forma direta no combate ao assédio por meio de programas e políticas institucionais voltadas à discussão sobre o tema e conscientização da comunidade acadêmica. Também reforçamos a importância da manifestação das vítimas em relação a situações de assédio, importunação ou violência sofridas em qualquer ambiente, por meio da Ouvidoria da Universidade.
Em nota, a Polícia Civil informou que testemunhas foram ouvidas. O suspeito prestou esclarecimentos e foi liberado.
A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Niterói e a investigação busca possíveis vítimas e outros elementos, a fim de esclarecer todos os fatos.