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Hospital da UFF é uma das frentes contra AIDS e infecções sexualmente transmissíveis

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No mês de Dezembro é reforçada à prevenção e à luta contra a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF) possui o Serviço de Atendimento Especializado (SAE), que atende por meio da rede do Sistema Único de Saúde (SUS), é uma das frentes contra estas doenças.

A infectologista do HUAP, Ivete Martins Gomes, explica que crianças, adultos e gestantes podem ser tratadas nos ambulatórios de Infectologia do HUAP através do sistema de regulação. O hospital também faz parto e internação de PVHA (Pessoas Vivendo com HIV e AIDS). Os exames necessários para diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente são realizados e as medicações para profilaxia de infecções oportunistas e os antirretrovirais para o combate ao vírus são fornecidos através da farmácia ambulatorial.

– O protocolo para evitar a transmissão materno-infantil do HIV é feito desde o pré-natal até após o nascimento do bebê. Após a alta da maternidade, o recém-nascido faz o acompanhamento no ambulatório de Infectologia Pediátrica. A taxa de transmissão é próxima a zero se o protocolo for seguido corretamente pelos pacientes -, destaca a infectologista.

A médica que atende no ambulatório de infectologia pediátrica e nos programas de CAIDS (Coordenação dos Programas de AIDS) e CAVV (Atendimento de Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência), afirma que as ISTs podem ser transmitidas entre jovens e adultos, principalmente pelo ato sexual e da gestante para o feto.  Caso haja relação sexual sem preservativo, antes de tudo é preciso fazer o diagnóstico através de exames de sangue que estão disponíveis nos postos de saúde do Brasil inteiro:

“Os testes rápidos para HIV, sífilis, hepatite B e Hepatite C são realizados com pouco sangue e o resultado sai na hora. Se algum dos exames for positivo a pessoa já pode receber o tratamento na hora (no caso de sífilis) ou ser encaminhado para acompanhamento e tratamento em algum SAE (Serviço de Atendimento Especializado). Outras IST como gonorreia, herpes, HPV e clamidiose não aparecem no exame de sangue, necessitando de exame físico para o diagnóstico. Em todos os casos, as medicações usadas para o tratamento são fornecidas gratuitamente pelo SUS, assim como os exames”, afirma.

Números

Segundo uma estimativa da Organização das Nações Unidas, ao longo de 2021, foram 50 mil novos casos de AIDS no Brasil, e agora são mais de 960 milhões de pessoas vivendo com o HIV no país. Em 2021, 650 mil pessoas morreram em decorrência da AIDS, sendo 13 mil brasileiros. Segundo boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2022, os casos têm maior concentração em pessoas com idade entre 25 e 39 anos.

“Os jovens não viveram os anos em que a AIDS causava muitas mortes e complicações graves, época em que ainda estávamos conhecendo a doença e em que não existia tratamento ou reduzidas opções de tratamento. Aos poucos a infecção pelo HIV tornou-se uma doença crônica e sem o estigma de doença letal. Por um lado, isso significou uma longevidade e qualidade de vida às PVHA (pessoas vivendo com HIV/AIDS) mas ao mesmo tempo uma banalização por parte dos adolescentes e adultos jovens com vida sexual ativa que não se consideram vulneráveis”, comenta a infectologista Ivete Martins.

Ela reforça, ainda, que campanhas como a do Dezembro Vermelho ajudam a conscientizar as pessoas de que é preciso se informar para se proteger de uma doença que ainda não tem cura, além de alertar para a importância das políticas públicas para assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das PVHA.

– AIDS e outras IST são doenças que podem levar ao óbito e a sequelas graves. O diagnóstico precoce neste contexto é importantíssimo. A oportunidade para a testagem para o HIV não pode ser perdida quando um adolescente inicia a vida sexual, quando se identifica qualquer IST, no diagnóstico de tuberculose ou herpes-zoster, durante o pré-natal, na hora do parto e em situações de violência sexual. Atualmente existem tratamentos para todas elas, porém, este deve ser iniciado o mais precocemente possível para se obter sucesso e até cura na maioria dos casos -, finaliza a infectologista.

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