O Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) está reforçando sua atenção à saúde mental durante o Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio. A unidade, referência na Baixada Fluminense, tem promovido atividades de conscientização e acolhimento para pacientes, familiares e colaboradores, destacando a importância do cuidado emocional.
Uma das ações realizadas contou com a equipe de psicologia percorrendo os corredores do hospital para levar mensagens de apoio e incentivar a escuta ativa. Duas caixas foram disponibilizadas: uma com mensagens positivas a serem distribuídas pela unidade e outra para que colaboradores pudessem, de forma anônima, registrar sentimentos e desabafos.
“Este é um mês fundamental para lembrar que saúde mental exige atenção constante. No HGNI, pacientes e colaboradores sempre encontrarão um profissional disponível para ouvir. Ações como essa mostram que ninguém precisa enfrentar a dor sozinho”, afirmou Ana Claudia Bello, coordenadora da equipe de psicologia do hospital.
O cuidado, no entanto, vai além das ações simbólicas. O HGNI atua diariamente na prevenção e no acolhimento de vítimas de tentativa de suicídio. Assim que o paciente chega à unidade — pela Nova Emergência, trazido por familiares, ou pelo Centro de Trauma, encaminhado pelo SAMU ou Corpo de Bombeiros — a prioridade é garantir a estabilização clínica. Em seguida, equipes de psicologia e serviço social oferecem suporte emocional e acompanhamento tanto ao paciente quanto aos familiares.
De acordo com o diretor-geral Ulisses Melo, o compromisso do hospital é garantir atendimento integral: “Nosso dever é acolher cada pessoa que chega até nós com eficiência, empatia e cuidado contínuo, seja do ponto de vista clínico ou emocional”.
Entre janeiro e agosto de 2025, o HGNI registrou 85 atendimentos por tentativa de suicídio, número próximo à média mensal de 2024, quando foram contabilizadas 125 ocorrências ao longo do ano. Do total de casos deste ano, 75 pacientes receberam alta, dois foram internados, dois transferidos e seis evoluíram para óbito — o mesmo número registrado em todo o ano anterior. Outro dado relevante é que cerca de 70% dos atendimentos envolveram mulheres, reforçando a importância de ações preventivas voltadas a esse público.