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Idosa morre após 15 dias internada na UPA de Inoã

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Uma mulher de 87 anos morreu, na tarde de sexta-feira, após permanecer 15 dias internada na UPA de Inoã, em Maricá, onde chegou com quadro de infarto. Familiares da paciente contam que haviam conseguido uma ordem judicial para que fosse realizada a transferência devido a gravidade seu estado de saúde, mas essa teria sido cumprida. No início da tarde deste sábado, a prefeitura se manifestou através de nota informando que não havia leitos na Central de Regulação para que a ordem fosse executada.

Nas redes sociais, a família expôs o caso que ganhou grande repercussão. Os parentes contam que na ordem judicial estava estabelecido que fosse feita a transferência para um CTI público ou privado.

Confira a nota com detalhes dos procedimentos realizados:

“A Prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Saúde, vem a público informar que toda e qualquer transferência de pacientes internados em unidades deste ou de qualquer outro município só pode ser feita a partir da Central de Regulação do Estado. E é de conhecimento geral que a escassez geral de leitos vem dificultando essas transferências, a despeito do reconhecimento das dificuldades por parte do estado, uma situação que afeta não apenas Maricá mas todas as outras cidades que fazem parte da chamada Região Metropolitana II.

No caso da paciente de 87 anos, que faleceu nesta sexta-feira na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã, onde estava internada desde o dia 12, o município e a secretaria não pouparam esforços para obter a transferência junto ao estado. A paciente deu entrada com um quadro de infarto e tinha indicação para realização de um cateterismo, exame que pela classificação de risco médio, só pode ser realizado em unidades maiores, fora do município. Assim que foi feito o diagnóstico, a Central de Regulação foi acionada e começou a buscar uma transferência, que nesse caso exigia um leito de CTI com hemodinâmica.

Após intensos esforços, o exame de cateterismo foi marcado para o dia 18, porém o quadro clínico da paciente impediu a sua remoção para a unidade. As equipes de Saúde do município continuaram trabalhando para melhorar a condição e permitir a transferência, ao mesmo tempo em que a Central de Regulação continuava buscando uma vaga em CTI com hemodinâmica – fato esse do conhecimento do juiz que emitiu ordem de transferência para uma unidade pública ou privada contra o município, a quem não cabe tal procedimento.

De acordo com a Secretaria de Saúde, para melhorar a situação uma normativa do estado determinou aos municípios que fizessem um levantamento sobre pacientes crônicos internados em leitos de CTI vinculados ao SUS para que se estabeleça um quadro mais detalhado sobre o status dessas vagas.

A secretária Simone Costa reitera não ter recebido qualquer chamado da família da paciente de 87 anos. Compreende a dor da família e garante que tanto ela quanto todos os integrantes das equipes que cuidaram da paciente fizeram o máximo dentro de suas atribuições para salva-la. A secretaria já determinou a apuração de todos os procedimentos realizados após o falecimento, com o intuito de identificar eventuais falhas.

A UPA de Inoã e o Hospital Municipal Conde Modesto Leal pertencem aos moradores da cidade e cabe à Prefeitura seu gerenciamento dentro das melhores e mais transparentes práticas de gestão. Esse compromisso vem sendo cumprido à risca”.

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