Depois de sete anos fechada para obras de restauração, a Ilha da Boa Viagem, no bairro de mesmo nome na zona sul de Niterói, vai ser reaberta à visitação pelo público neste sábado, a partir das 8h30. As obras foram feitas pela prefeitura. Na reabertura haverá uma cerimônia com direito a uma missa na Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, também reformada, com apresentação de músicos do Projeto Aprendiz.
No tempo que a ilha permaneceu fechada, houve reforma ainda no fortin e o casarão usado pelo grupo de escoteiros Gaviões do Mar, conhecido como castelo. A ilha e todas as edificações fazem parte do patrimônio arquitetônico histórico do município e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional (Iphan). A prefeitura investiu R$ 5,5 milhões nas obras.
Na cerimônia de reabertura será inaugurada a exposição “Boa Viagem – Uma Ilha Cercada de Histórias”, com cerca de 30 fotos e objetos que registram a memória do local nos últimos séculos.
Excepcionalmente neste sábado e domingo, a Ilha receberá dois grupos de 40 pessoas por dia (às 14h e às 16h). As visitas deverão ser agendadas pelo WhatsApp da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur): (21) 3611-3828. A Ilha ficará aberta às quartas, quintas e sextas-feiras, com duas visitações e aos sábados e domingos, com quatro visitas.
O local também ganhou uma nova iluminação e a intenção da prefeitura é que a Boa Viagem seja a primeira ilha-museu do país.
A ponte da Ilha da Boa Viagem já foi cenário dos filmes “Minha mãe é uma peça” e “Minha mãe é uma peça 2”, ambas do ator Paulo Gustavo, falecido em 04 de maio de 2021 em decorrência da Covid-19.
História da ilha:
A história da Ilha da Boa Viagem começa em 1650 com a construção da Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem. A capela foi destruída durante a invasão francesa de 1711 e reconstruída em 1780, em estilo neoclássico. Registros históricos apontam o ano de 1702 como marco do início da construção do fortim, que tinha entre cinco ou seis peças de artilharia. Já o casarão, conhecido como castelo, foi construído na década de 1940.
Além da vocação religiosa, o monumento foi historicamente destinado para fins militares. A visão privilegiada da Baía de Guanabara tornou a ilha parte do antigo sistema defensivo brasileiro.