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Já viu tomate colorido? Tem em Maricá e colheita já começou; entenda

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Esqueça aquela imagem do tomate vermelho, tradicional, que a gente encontra nas prateleiras do supermercado. Na Fazenda Pública Joaquín Piñero, no Espraiado, uma variedade de tomates especiais gourmet e coloridos já começaram a ser colhidos. São vegetais de vários formatos, tamanhos e cores que estão sendo produzidos por meio de uma ação do Inova Agroecologia Maricá, uma parceria da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

O início da colheita aconteceu neste sábado (10). A diferença nas características dos frutos foi o foco, chamando a atenção do presidente da Codemar, Hamilton Lacerda, e dos cerca de 50 produtores rurais que participaram do evento. O ‘Dia de Campo’ tem foco em capacitar pequenos produtores introduzindo novas tecnologias agroecológicas e cultivares com maior valor agregado no mercado, como é o caso dos tomates diferenciados.

Lacerda contou que a Codemar está preparando uma série de iniciativas de fomento à produção de agricultores familiares e cooperativados do município. Segundo ele, a ação do Inova Agroecologia é uma dessas iniciativas que passam, também, por garantias do uso da terra.

“Estamos dando as ferramentas para que os produtores rurais possam produzir mais e abastecer não somente a nossa cidade, mas também a Região Metropolitana com alimentos de alto valor agregado. O papel da Codemar é usar o dinheiro dos royalties do petróleo e construir a economia do futuro. Quando a gente investe em biotecnologia, a gente faz isso”, avaliou Hamilton Lacerda.

Já o presidente da Biotec Maricá – subsidiária da Codemar para projetos de biotecnologia -, Eduardo Britto, frisou que toda a tecnologia envolvida na produção obedece a normas de cultivo orgânico e agroecológicos. “São projetos que têm por objetivo produzir tecnologia sustentável e de valor econômico, que gerem renda alternativa para o município. Por isso os agricultores estão aqui, porque essa é uma tecnologia que vai ser difundida para desenvolver a economia de pequena escala do município”, explicou.

Segundo ele, não é uma tecnologia que fica presa dentro da estufa, “mas que vai ser difundida e os agricultores vão poder gerar renda para si mesmos”.

Naturais – Foram plantados na fazenda, em estufas, 35 tipos diferentes de tomates, escolhidos numa base de aproximadamente mil tipos do vegetal guardados na UFRRJ.

Segundo o professor Antonio Carlos Abboud, um dos coordenadores do projeto, os cultivares tiveram um bom desempenho e estão prontos para ir para o campo. Além de cursos de cultivo e manejo da terra, o projeto disponibiliza, ainda, sementes para o cultivo.

“Esses tomates são replicáveis pela semente. Não são como os híbridos que precisam que o produtor compre sementes a cada plantio. Basta reservar alguns tomates, retirar as sementes e plantar ou guardar”, disse o professor, que já forneceu tomates para chefes renomados internacionalmente.

Replicar o tomate pela semente é possível porque as variedades não são híbridas ou modificadas geneticamente. Além desse papel de destaque na manutenção da saúde das pessoas, essa característica também confere ao produto um papel social a partir de uma maior rentabilidade.

“Há o papel social de fixar o homem no campo melhorando a rentabilidade do pequeno produtor. Esses tomates não podem competir em número de produção com os demais, mas ganham no valor agregado de saúde, também pelo aspecto de ser atrativo para a gastronomia e até ecoturismo, com visitações às plantações. E tudo isso sem veneno”, enfatizou Antonio Carlos Abboud.

Mercado local – Em Maricá, chefs de cozinha locais também estão sendo apresentados aos vegetais e elaborando novos pratos.

“Já levamos os tomates para alguns, que gostaram muito. Eles me perguntaram onde vende, e eu disse que em lugar nenhum. É por isso que estamos reunindo os agricultores”, esclareceu o professor João Araujo, coordenador do Inova Agroecologia Maricá.

Ele disse ainda que a demanda por esses produtos começa a ser criada e o papel dos produtores é importante para que contribuam nesse nicho. “A importância do poder público propiciar essas inovações em cultivos é dar a possibilidade de acontecer a agricultura em municípios que perderam essa característica, essa natureza, de produção do alimento local. Ou seja, a gente está ofertando algo novo. E a população também vai ter como repercussão a mudança do hábito alimentar”.

*Com informações da Codemar

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