Com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do governador do Rio, Claudio Castro, e de ministros de Estado, três blocos da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) por R$ 22,69 bilhões, com ágio de até 187% em um dos blocos.
O bloco 1, que compreende parte do município do Rio de Janeiro, as cidades de Maricá, Saquarema, São Gonçalo e Casimiro de Abreu, além de outros 12 municípios, foi arrematado pelo consórcio Aegea, por R$ 8,2 bilhões, com ágio de 103,13%. O bloco 2 (parte do município do Rio e os municípios de Miguel Pereira e Paty do Alferes. ficou com o consórcio Iguá Projetos, por R$ 7,286 bilhões, com ágio de 129,68%. O bloco 4 (bairros do centro e da zona norte da capital, mais oito municípios da Baixada Fluminense) foi arrematado pelo consórcio Aegea por R$ 7,203 bilhões, com ágio de 187,75%.
O bloco 3 não obteve proposta, pois o único interessado, o consórcio Aegea, não prosseguiu na oferta. Nele estão incluídos os bairros da zona oeste do Rio, mais seis municípios do interior e da região metropolitana. Entretanto, apenas com os blocos vendidos, o valor superou em 114% a expectativa de arrecadação inicial, que era de R$ 10,6 bilhões.
“Apesar do inquestionável êxito econômico dessa operação, eu gostaria de ressaltar o alcance social dessa concessão: 12 milhões de pessoas serão beneficiadas com água encanada e coleta e tratamento de esgoto. São questões básicas, mas que ainda são um problema em nosso país inteiro”, comentou o governador Cláudio Castro.
De acordo com o chefe do Executivo fluminense, o leilão possibilita a ampliação do saneamento básico para a população do estado do Rio de Janeiro. É responsabilidade dos vencedores do leilão universalizar o fornecimento de água e esgoto para mais de 12,8 milhões de pessoas em até 12 anos, objetivo previsto no novo marco regulatório do saneamento. O projeto deve gerar 45 mil empregos e investimentos de cerca de R$ 30 bilhões.
O leilão aconteceu na sede da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.