A Prefeitura de Niterói adiou para o dia 10 de abril o recebimento dos envelopes A e B de habilitação e propostas de preços que seria realizado no último dia 28, referente contratação de empresa para obra de dragagem do Canal São Lourenço, no bairro de mesmo nome, na zona norte da cidade. O motivo do adiamento é a omissão de um dos anexos do edital do processo licitatório. O adiamento foi divulgado no Diário Oficial do Município no último dia 27.
Procurada, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico informa que o processo de licitação para a obra de dragagem do Canal de São Lourenço está ocorrendo de forma normal e dentro dos critérios determinados pela lei. O adiamento foi publicado com o objetivo de ampliar o tempo para que possíveis empresas interessadas possam participar do certame.
A obra foi oficializada em 6 de fevereiro pelo prefeito Axel Grael, que lançara edital para execução das obras do aumento da profundidade do calado (área submersa do navio), de sete para 12 metros. Está previsto o investimento de cerca de R$ 140 milhões. A revitalização do Porto de Niterói possibilitará o acesso de navios de grande porte e impulsionará o setor de reparos e offshore, além de atividades portuárias.
A expectativa é de que a obra seja concluída em 18 meses. A partir da dragagem no Canal de São Lourenço, em estimativa conservadora, a Firjan aponta um potencial para a retomada dos cerca de 12 mil empregos diretos perdidos na construção e indústria entre 2015 e 2019 no município.
Assoreado e com o calado pequeno, a entrada de navios de grande porte ficou impossibilitada no Porto de Niterói. O problema colaborou para que o município perdesse espaço no mercado e houvesse uma migração de serviços de reparo e offshore para outros estados.
Segundo a prefeitura, com a dragagem será possível que barcos de pesca de grande porte cheguem ao terminal. Para a economia local, a obra pode representar potencial de geração de mais 24 mil empregos indiretos e uma adição de mais de R$ 1,5 bilhão por ano.
As obras no canal podem beneficiar direta ou indiretamente as mais de 40 empresas de pequeno, médio e grande porte que atuam na região. A iniciativa vai proporcionar maior competitividade para a indústria construtora de embarcações de pequeno e médio porte, rebocadores e barcos pesqueiros, além de embarcações de apoio offshore.
