Não houve maioria qualificada e os eleitores brasileiros precisarão voltar às urnas para escolher quem será o presidente da República nos próximos quatro anos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) seguem em campanha até o final de outubro, quando acontecerá o segundo turno da eleição presidencial.
O segundo turno das eleições foi confirmado quando aproximadamente 97% das urnas já haviam sido apuradas. Até o fechamento dessa reportagem, Lula alcançou 48,17% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro teve 43,43%. Os demais candidatos, somados, tiveram 8,41% dos votos.
Lula liderava as principais pesquisas de intenção de voto desde o início do pleito e, nas últimas semanas, começou a apresentar índices que apontavam a possibilidade, ainda que dentro da margem de erro, de vencer no primeiro turno. As últimas pesquisas a serem divulgadas (IPEC e DataFolha), ambas neste sábado (01) – portanto, véspera da eleição – mostravam que o vencedor tinha entre 50% e 51% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro não passava dos 37%.
Após comparecer à urna, Lula fez um apelo pela paz. “Queremos um país que viva em paz, com esperança. E que possa produzir e construir seu próprio futuro a partir da participação da sociedade brasileira”, disse à imprensa.
Já Bolsonaro lembrou citou como foi a sua campanha. “Nesses 45 dias, fui praticamente em todos os estados do Brasil. Ontem em Joinville, algo nunca visto no Brasil. Tanta gente na rua nos apoiando. Infelizmente eu não vi isso na imprensa. Mas tudo bem, faz parte da regra do jogo. O que vale é o datapovo”, afirmou.
Vale lembrar que o processo eleitoral que elegeu Lula pode ser considerado um dos mais violentos e polarizados de toda a história da recente democracia brasileira. Diversos episódios de confrontos físicos entre apoiadores do eleito e do presidente Bolsonaro foram registrados ao longo dos 45 dias oficiais de campanha – incluindo mortes.