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Lula quer mais debates de propostas até o segundo turno das eleições

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O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com a coordenação de campanha da Coligação Brasil da Esperança, em São Paulo (SP), no início dessa semana, para traçar as estratégias de campanha para o segundo turno das eleições presidenciais, que ocorrem no dia 30.

Lula disse que o segundo turno será um momento de maior debate entre as candidaturas em disputa. O candidato enfatizou que agora é o momento de buscar o apoio de todas as forças políticas possíveis. “Ainda temos que fechar alguns acordos, temos conversar com todas as pessoas nesse país que não votaram conosco no primeiro turno. Agora, a escolha não é ideológica. Nós vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, representatividade, significância política no país”, disse.

O candidato citou que bandeiras de campanha, como a questão climática e ambiental, a luta contra o desemprego, a regulação do mundo do trabalho, defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), aumento do Auxílio Brasil, e políticas para as mulheres e população negra serão reforçadas durante o segundo turno.

Para Bolsonaro, esse segundo turno será tempo de mostrar à população as consequências negativas do isolamento social, devido à pandemia, e da guerra na Ucrânia na economia do país. “Temos um segundo tempo pela frente, onde tudo passa a ser igual e nós vamos mostrar melhor à população brasileira, especialmente à classe mais afetada, a consequência da política do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’, a consequência de uma guerra lá fora e de uma crise ideológica”, comentou na noite do domingo (02).

ESPECIALISTAS COMENTAM
A pesquisadora comportamental Liliane Abreu aponta alguns motivos emocionais que explicam as opções do eleitorado brasileiro. “Os resultados das urnas apontam não mais apenas para alienações, mas para pessoas adoecidas psiquicamente e/ou que estão ganhando muito com isso; resta saber onde cada pessoa se encaixa”, pontuou Liliane.

Foto de divulgação

A especialista completou ainda que o resultado das urnas faz parte de uma alienação e também pessoas podem estar adoecidas psiquicamente e/ou que estão ganhando muito com isso. “É por isso que no Rio de Janeiro, mais especificamente, todos podem observar a continuidade de pessoas ligadas às milícias e afins sendo apoiadas e eleitas sequencialmente em profusão. Apoiar barbárie não é uma questão de ideologia política, mas de identificação ética e até mental sobre o dano que possa vir fazer ao outro e a si mesmo”, frisou.

O cientista político Márcio Malta explicou que o resultado nas urnas pode ter sido um ‘voto envergonhado’. “Também aposto que podem ser as pessoas que não responderam as pesquisas e fizeram uma decisão de último momento. O presidente Lula foi bem, mas as pesquisas demostravam que Bolsonaro teria um teto de 34%. O tom é de não desanimar. Estamos em uma prorrogação. Acredito que o atual presidente vai continuar uma campanha agressiva”, comentou.

Foto de arquivo pessoal

O também professor do curso de relações internacionais do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) frisou que as pessoas querem saber como acabar com problemas sérios como desemprego e fome. “Que o país tenha oportunidade de retomar sua economia e com projeção internacional”, completou.

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