A criação de mais um Centro de Triagem do Coronavírus (CTC), novo local para testagens da doença e novos ambulatórios, em Macaé, foi anunciada pelo prefeito Welberth Rezende durante live realizada na noite de quarta-feira (24), em sua rede socail.
Na ocasião, o prefeito falou sobre o decreto que institui, a partir desta sexta-feira (26) até o dia 5 de abril, novas restrições às atividades econômicas não essenciais no município, a fim de limitar a circulação da população em áreas públicas e conter o avanço da Covid-19.
A vacinação contra a doença para pessoas a partir de 70 anos, até o fim de semana, também foi destacada durante o pronunciamento online, que contou com a participação dos secretários municipais de Saúde, Liciane Furtado, de Alta e Média Complexidade, Antonio Fabio Soares, e de Atenção Básica, Luís Carlos Braga.
Segundo o prefeito, é preciso, mais do que nunca, unir forças para buscar o objetivo comum que é vencer a batalha contra a Covid-19. O decreto foi firmado e amparado por critérios técnicos, do comitê de profissionais que se reúnem semanalmente para definir essas questões. O aumento de novos leitos, do mês de janeiro até o momento, também foi evidenciado pelo prefeito. Atualmente, Macaé conta com 67 leitos de UTI e 73 de enfermaria.
“Estamos buscando aumentar mais enfermarias e UTI’s para atender a população. Estamos vivendo momentos muito difíceis, que nunca vivemos antes, nos últimos anos, superando 3 mil mortes por dia no país. Nesse momento, a participação de todos é fundamental para a gente poder vencer esse vírus. Macaé ainda se coloca numa condição melhor do que vários municípios no Estado do Rio. Alguns estão com 100% dos leitos ocupados. Estamos sendo insistentes em abrir novos leitos e tomar novas medidas”, explicou.
O prefeito lembrou que, atualmente, Macaé consegue atender a todos, mas, se essas medidas não forem tomadas, há possibilidade de viver a agonia que muitos outros municípios estão passando. A decisão da criação de um novo CTC e de um Centro de Testagem separado do Jorge Caldas, por exemplo, foi tomada devido ao aumento no atendimento. “A gente atendia de 70 a 100 pessoas por dia. Na última terça-feira foram 390”, ressaltou o prefeito.
Aumento da gravidade– O secretário de Atenção Básica, Luiz Carlos Braga, acrescenta que as medidas restritivas são fundamentais nesse momento de piora da doença, em nível nacional. “O Brasil ultrapassou 300 mil mortos e isso reforça a importância que temos que dar a esse combate com as medidas que repetitivamente temos feito no sentido de orientar a população. Temos notado o aumento de casos mais graves e em pacientes mais jovens piorando de uma forma rápida. Ao mesmo passo, temos tentado aumentar as ações e melhorar a situação. Macaé não foge ao que está acontecendo no resto do país, apesar do nosso sistema de saúde ser muito rigoroso”, explicou.
O secretário frisou que, apenas em um dia, foram quase 400 atendimentos no CTC. O número ligou o sinal de alerta para se buscar novos instrumentos para enfrentamento da doença. Entre as ações estão o fato de desvincular a testagem do Jorge Caldas e pensar na população que mora depois da ponte com a criação de um novo Centro de Triagem do Coronavírus para atender essas pessoas.
“Isso será feito nos próximos dias e a gente acredita que vai melhorar o atendimento a esses pacientes. No entanto, aumentar leitos e lugares para atendimento não vai resolver o problema, mas sim, a atitude de cada um diante desse cenário, enquanto a gente empenha esforços na vacinação. A gente está diante de um quadro grave, preocupante, diferente do que viveu ano passado: hoje temos mais jovens que pioram e morrem mais rápido”, defendeu.
Imunização – Durante a live, foi anunciado que em Macaé já foram vacinadas cerca de 10 mil pessoas. A ação, segundo frisa Luiz Carlos, depende das vacinas que chegam pelo Ministério da Saúde. “Junto a isso, a gente tem buscado a compra da vacina, uma meta que temos, independente do governo federal. A compra da vacina é uma dificuldade mundial. Se cada um tentar entender a situação, a gente vai entender a necessidade de seguir as normas, o uso de máscara, álcool em gel e o distanciamento para tentar vencer essa situação e passar por essa fase. Acredito que estamos em um caminho certo, porém difícil, mas temos que seguir”, analisou.
