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Mais um secretário pede demissão do Governo Witzel

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“O último a sair apague a luz”; essa frase marca o que vive o Governo do Estado do Rio de Janeiro nesse momento. Dessa vez, quem desembarca é o delegado Marcus Vinicius de Almeida Braga, que comandava a Secretaria de Estado de Polícia Civil. Nos últimos dias, outras quatro pastas tiveram mudanças.

Braga ficou um ano e cinco meses a frente da pasta, que foi criada após a Secretaria de Estado de Segurança Pública ser dissolvida e os comandos das polícias (Civil e Militar) ganharem status de secretarias. Na carta de demissão, o delegado ressaltou a iniciativa.

“Com o fim da Secretaria de Segurança Pública, no seu Governo, a investigação criminal no nosso Estado atingiu a patamares sem precedentes na história, sendo-lhe assegurada absoluta autonomia, tanto na condução das investigações como na escolha daqueles em cargos de chefia e direção. Órgãos que por razões políticas, como a inteligência, Draco e CGU não estavam na estrutura da Polícia Civil retornaram”, pontuou Marcus Vinicius.

Ao jornal “Extra”, o delegado afirmou que pediu exoneração para se dedicar mais a família. “Já vínhamos nessa batalha desde a intervenção (da Segurança Pública) quando assumimos a chefia da Polícia Civil. Foram três anos nessa batalha, acordando às 5h, e chega uma hora que o corpo cansa. Já estou com mais de 50 anos. Quero descansar e ficar mais com a minha família”, explicou.

O delegado Flávio Brito, subsecretário de Gestão Administrativa e “número dois” da corporação, assume interinamente a pasta até um novo nome ser indicado por Witzel. A exoneração de Marcus Vinicius Braga, “a pedido”, será publicada na próxima edição do Diário Oficial do Estado (DOERJ).

Mudanças – Nos últimos dez dias, cinco mudanças aconteceram no secretariado de Wilson Witzel. A primeira foi a de Edmar Santos, que deixou a Secretaria de Saúde e assumiu, em seguida, a Secretaria Extraordinária de Acompanhamento das Ações Governamentais Integradas da Covid-19. Como a justiça apontou desvio de finalidade na nomeação, Edmar pediu exoneração da pasta. Fernando Ferry assumiu a Secretaria de Saúde, enquanto a outra pasta está sem comando efetivo.

Outro que pediu demissão foi o secretário de Estado de Trabalho e Renda, Jorge Gonçalves. O motivo é o jogo político que envolve o Republicanos, partido do prefeito da capital Marcello Crivella, e o presidente da República Jair Bolsonaro. Para não perder o apoio do clã Bolsonaro, Gonçalves (que era indicação de Crivella) e todo o partido desembarcaram da base de apoio de Witzel. Um novo nome ainda não foi definido e a exoneração também deve ser publicada no próximo DOERJ.

Para escancarar a crise política, Witzel exonerou André Moura, que respondia pela Casa Civil e Governança, e responsável pela interlocução política sobretudo com a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O ato acirrou os ânimos entre os poderes, fazendo com que Marcio Pacheco e Léo Vieira, líder e vice-líder do Governo no Legislativo, entregassem os cargos. Raul Teixeira assumiu a vaga aberta por André Moura.

Já na Secretaria de Estado de Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho sofreu “fogo amigo” do também secretário Lucas Tristão (de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais). Tristão pediu cabeça de Luiz Claudio para que um indicado por ele, Guilherme Mercês, assumisse (o que ocorreu).

Confira a íntegra da carta de demissão enviada pelo delegado Marcus Vinícius ao governador Wilson Witzel:
“Exmo Governador Wilson Witzel,

Me dirijo a Vossa Excelência, respeitosamente, para pedir nesta data minha exoneração do cargo de Secretário de Estado da Polícia Civil. Agradeço profundamente a Vossa Excelência pelos avanços que em um ano e cinco meses foram promovidos na Polícia Civil.

Com o fim da Secretaria de Segurança Pública, no seu Governo, a investigação criminal no nosso Estado atingiu a patamares sem precedentes na história, sendo-lhe assegurada absoluta autonomia, tanto na condução das investigações como na escolha daqueles em cargos de chefia e direção. Órgãos que por razões políticas, como a inteligência, Draco e CGU não estavam na estrutura da Polícia Civil retornaram.

No um ano e cinco meses que estive a frente da instituição promovemos ampla reestruturação interna, bem como combate incessante às organizações criminosas que atuam em nosso Estado. Estabelecemos níveis de parcerias sem precedentes com o Ministério Público, Polícia Militar e SEAP, no interesse da segurança pública e da investigação criminal que resultaram no melhor cenário dos indicadores criminais em décadas.

Não poderia deixar de agradecer a todos os policiais civis do Rio de Janeiro, que diariamente arriscam as suas vidas na defesa da nossa sociedade, mesmo sem o o reconhecimento proporcional aos resultados alcançados por parte dela.

Há muito o que fazer ainda, mas me despeço serenamente, profundamente agradecido a Vossa Excelência pela oportunidade ímpar e na certeza de que as sementes foram plantadas para os avanços que ainda virão.

Marcus Vinicius de Almeida Braga.
Delegado de Polícia”

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