Maricá terá uma nova linha ferroviária para o transporte de carga, conectando o município até Rio Bonito. A autorização para a construção foi emitida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e publicada no Diário Oficial da União em 10 de maio. O contrato de exploração terá validade de 99 anos. Com uma extensão planejada de 35 quilômetros, a ferrovia impulsionará o desenvolvimento econômico do município, com destaque para os setores industrial e logístico.
Além disso, a nova ferrovia estará conectada ao Porto de Maricá e à malha ferroviária nacional por meio da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), uma das principais do país, com mais de 7.220 quilômetros de extensão, abrangendo sete estados e mais de 250 municípios. A carga movimentada será principalmente composta por derivados de petróleo e estará diretamente ligada ao futuro Terminal de Ponta Negra, não sendo destinada ao transporte de passageiros.
O prefeito Fabiano Horta comemorou a decisão da ANTT e ressaltou os benefícios para a economia local. “Temos um aeroporto em funcionamento, um porto com licença de instalação e, agora, a estruturação da malha ferroviária. Vamos continuar lutando pela extensão do Arco Metropolitano até Ponta Negra, para garantir a duplicação das atuais RJs 114 e 118, além da 106 (Amaral Peixoto). Com essa autorização, podemos fortalecer ainda mais esse novo patamar, com a possibilidade de geração de empregos, crescimento das empresas locais e receitas independentes dos royalties do petróleo”, afirmou.
A obra, a cargo da empresa DTA Engenharia, responsável também pelo projeto de construção do terminal portuário de Maricá, terá capacidade para 120 vagões e um investimento total de R$ 310 milhões. A empresa realizará as últimas formalidades nos próximos 30 dias para dar início à próxima etapa do projeto.
A nova ferrovia terá um papel importante no futuro do mercado de combustíveis no Brasil, devido à capacidade logística para importação e exportação do Terminal Ponta Negra. Além disso, contribuirá para a criação de novas alternativas de transporte de combustíveis limpos, como o hidrogênio, que está em fase de regulamentação no Brasil e tem projetos em desenvolvimento em Maricá.
*estagiária sob supervisão de Raquel Morais