Nem mesmo a pandemia faz com que Maricá deixe de gerar empregos formais. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia apontam que a cidade, no mês de julho, gerou 177 vagas de trabalho.
Foram 484 admissões e 307 demissões entre 01 e 31/07. O saldo das vagas é de 0,97%. No saldo do ano, houve um crescimento de 1,2% em relação ao ano anterior. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Maricá, esse é o melhor resultado proporcional de um município acima de 150 mil habitantes no estado do Rio de Janeiro.
O setor que mais gerou vagas foi o comércio, com 73 vagas criadas. O setor da construção aparece em seguida, com 56 empregos gerados. Já a área de serviços contratou 34 trabalhadores. A indústria criou 10 vagas e a agropecuária, por fim, outros quatro empregos.
Nos meses anteriores, apenas janeiro e abril tiveram saldo negativo, com fechamento definitivo de postos de trabalho. No balanço do ano, foram 218 vagas de emprego criadas em 2020. “O pacote econômico impactou de maneira direta esse resultado, basta verificar o número dos outros municípios acima de 150 mil habitantes, especialmente ao nosso entorno”, analisa o secretário de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Magnun Amado.
“A garantia da possibilidade do isolamento protegeu a saúde, mas também garantiu a capacidade do poder de consumo do cidadão, que também garantiu as empresas locais a manutenção das vendas, consequentemente dos empregos de carteira assinada. Além disso, demos um fôlego às empresas com a garantia do subsídio aos trabalhadores de carteira assinada, além do fomento emergencial através da oferta de crédito”, lembrou o secretário.
Para o presidente da CDL Maricá, Paulo Santos, o indicador é importante, mas é preciso ter um pouco de cautela. “Sem dúvida é uma informação boa, mas o estrago na economia (formal e informal) foi muito grande. Muitos microempreendedores individuais (MEI) desapareceram com seus negócios, muitos informais também. Prefiro aguardar um pouco mais para uma visão melhor”, comentou.
Já Delfim Moreira, vice-presidente da Associação Comercial de Maricá, acredita que o resultado está aquém do potencial da cidade. “Os números do Caged são positivos, mas estão muito longe da capacidade de geração de empregos em nossa cidade”, concluiu.