Os royalties do petróleo, que renderam só no ano passado, R$ 2,5 bilhões e com um Fundo Soberano que se aproximou de R$ 1,6 bilhão este ano, Maricá foi a cidade que mais ampliou a participação no PIB (Produto Interno Bruto) em todo o país. Conforme ranking divulgado na sexta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, a participação de Maricá no PIB subiu para 0,95% em 2021, enquanto que em 2020 foi de 0,47%. O PIB é um dos indicadores mais usados na macroeconomia, visando quantificar a atividade econômica de uma região, com base na soma de bens e serviços produzidos no país. Ou seja, um crescimento de 0,5 ponto percentual, responsável por fazer com que a cidade seja inserida na lista dos 25 municípios com maior participação no PIB.
Nesta mesma lista estão Saquarema, com 0,47% (que teve uma alta de 0,3 ponto percentual em relação a 2020 e Niterói, com 0,74% em 2021 (está em 13º lugar no ranking).
A ascensão de Maricá, assim como a de outras cidades que não são capitais, comprovam que os municípios da capital têm perdido participação no PIB nacional ao longo dos anos. Dessa forma, o país tem passado por uma desconcentração econômica. Em 2002, as capitais representavam 36% e em 2020, 29,07%.
O Prefeito de Maricá, Fabiano Horta, destacou a assertividade das decisões administrativas nos últimos anos:
“Essa conquista está diretamente ligada à decisão da administração municipal de criar a moeda social Mumbuca, que proporciona renda básica aos cidadãos necessitados, gerando benefícios para a comunidade e para os cofres públicos. Queremos garantir a segurança alimentar, fortalecer microempresários e formalizar empreendimentos, enquanto estimulamos a agricultura local. Essas medidas fortalecem a base social e econômica de Maricá, mesmo antes das receitas de royalties do petróleo”, analisou Horta.
A seguir no ranking estão São Sebastião (SP), de 0,04% para 0,18%; e Campos dos Goytacazes (RJ), de 0,31% para 0,41%. Os municípios de Itajaí (SC), Canaã dos Carajás (PA), Serra (ES), Itabira (MG) e Nova Lima (MG) completam a lista das dez cidades que ampliaram seus pesos no PIB nacional.
