A Prefeitura de Maricá anunciou, na tarde desta quinta (04), o retorno presencial das aulas na rede municipal de ensino. A data prevista para o início da modalidade híbrida é 05/04. A decisão foi tomada pelo Gabinete de Ação para a Covid-19.
De acordo com a Prefeitura, a decisão foi tomada pelo Gabinete de Ação para a Covid-19. O planejamento prevê que, para o retorno às aulas presenciais, os pais ou responsáveis de alunos sem comorbidades precisarão assinar um termo específico. Esses devem ficar atentos ao calendário montado para o retorno. Já os estudantes que os pais ou responsáveis não autorizarem o retorno ou que possuam comorbidades irão permanecer no ensino exclusivamente remoto.
Haverá álcool 70 nas salas de aula, em dispensers nas áreas de circulação e sabão nos banheiros e refeitórios. As escolas também estão equipadas com termômetros e todos os alunos receberão máscaras de tecido.
A Secretaria de Educação, responsável pela montagem da logística, informou que as aulas presenciais acontecerão em sistema de rodízio, exceto para as turmas de berçário. Estas, embora já inseridas no calendário, terão retorno de acordo com a análise de condições de saúde. O cronograma de retorno foi pensado de modo a ampliar gradativamente o número de estudantes, de forma que a escola pudesse receber os primeiros alunos, entender a nova dinâmica escolar (após um ano sem aula presencial) e corrigir pontos de melhoria que forem identificados. Nesse sentido, retornam dois anos do primeiro segmento e dois anos do segundo segmento (2º, 5º, 6º e 9º).
A carga horária também foi diminuída; serão três horas de aulas presenciais. Na visão da pasta, essa redução é importante pois possibilita um cuidado maior com higienização dos ambientes (principalmente carteiras e mesas). Já os objetos de uso comum, como equipamentos de aulas de Educação Física ou instrumentos de cozinha serão higienizados antes e após o uso. Cada aluno é responsável pela própria garrafinha ou copo d’água, não havendo bebedouros que permitam contato direto com a boca.
Será responsabilidade das escolas a organização dos sistemas de entrada e saída para que não haja aglomerações. Os alunos deverão utilizar máscara durante todo momento e terão a temperatura aferida ao chegar na unidade. Caso algum estudante apresente sintomas de Covid-19, ficará em um espaço isolado específico até que ele possa sair da unidade. A escola também manterá comunicação com a Unidade Básica de Saúde de referência da escola.
No Ensino Fundamental, o rodízio será semanal, com cada turma dividida em dois grupos, A e B, que contará com 50% dos estudantes. Em uma semana, haverá aula presencial na unidade escolar e, na semana seguinte, aula em modalidade remota.
Já na Educação Infantil, o rodízio será quinzenal e dividido por etapas de ensino. Nesse sentido, em uma quinzena irão todos os alunos de Pré II (5 anos) e M II (3 anos) e, na quinzena seguinte, todos os alunos de Pré (4 anos) e M I (2 anos).
Para a segurança de todos, haverá espaçamento maior entre as carteiras dentro das salas. Nas áreas de alimentação escolar, as unidades organizarão horários e espaços específicos para que haja o maior distanciamento possível nesse momento. No interior do transporte escolar, todos utilizarão máscaras e terão as mãos higienizadas com álcool em gel.
Com relação à didática de aula, a rede de ensino, em fevereiro, realizou movimento de readequação dos referenciais curriculares, para considerar os conteúdos e habilidades dos anos letivos de 2020 e 2021. Nesse sentido, o conteúdo desse ano já está adaptado para considerar o período do ano letivo de 2020. Além disso, conforme resultados de aprendizagem, indicados pela avaliação diagnóstica realizada com toda a rede no mês de fevereiro, o professor pode readaptar o processo de ensino.
Vacinação foi importante para decisão – Diante da expectativa de avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19 no município – que já aplicou 4.500 vacinas desde o dia 19 de janeiro, quando as primeiras doses de imunizante chegaram à cidade, e não sofreu interrupção como em outros locais – foi possível traçar um planejamento de retorno às aulas da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) com sistema de revezamento, conforme o ano de escolaridade.
Para a secretária de Saúde, Simone Costa, a perspectiva de retorno dentro desse prazo se torna válida a partir da manutenção dos atuais indicadores nos patamares de estabilidade ou com tendência de queda.
“Sabemos que o nosso município tem uma situação diferente de outros locais, e esse prazo de um mês nos dá segurança para que esse retorno se dê de forma permanente, dentro de todos os protocolos recomendados para estas atividades”, afirma, lembrando que a imunização na cidade avançou bastante junto aos idosos, um ponto importante na relação entre expansão da doença e a atividade escolar, já que muitos pais na cidade deixam os filhos com os avós para poderem trabalhar.