Que o problema da energia elétrica é crônico (principalmente) em Maricá e nas Regiões Metropolitana e dos Lagos, não é novidade (clique aqui e leia mais). Diariamente o ErreJota Notícias recebe denúncias dos moradores reclamando de um possível aumento abusivo que a Enel, responsável pela distribuição da energia elétrica em 66 municípios do Rio de Janeiro.
Há todo momento há quedas de energia em Maricá. Mais uma vez, a exemplo de domingo (clique aqui e leia mais), Inoã ficou sem luz. Segundo os moradores da região, a energia acabou na noite desta segunda-feira (21) por volta das 20h, retornou por volta das 22h mas, cerca de trinta minutos depois, foi embora novamente e ficou fora por toda a madrugada.
Robinson também comentou as principais reclamações de quem participa do movimento. “Existem insatisfações na parte da manutenção, oscilações na rede, problemas que a população conhece muito bem. As pessoas receberam suas contas e tomaram um susto! Contas com valores dobrados, de R$700 a R$5.000. A maioria cobrança por estimativa e por TOI (termo de ocorrência de irregularidade), que nem eles mesmos sabem explicar”, disse. Segundo ele, órgãos como a subseção de Maricá Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Maricá) e o Procon Maricá estão cientes e se dispuseram a ajudar.
A advogada Adriana Serrão deu dicas para quem se sentir lesado com os valores nas contas. “Os consumidores precisam estar atentos com o aumento do consumo, com as bandeiras tarifárias vigentes no período. É importante lembrar que quem o aumento na tarifa é o Estado, baseados no contrato de concessão e inflação, impostos e custo de produção”, disse.
A jurista também aconselha quem teve algum equipamento danificado por conta das constantes quedas de energia. “Antes de buscar um advogado e ingressar com uma ação, procure primeiro o Procon. Anote todos os protocolos de atendimento e guarde tudo que possa servir como provas. É importante também estar munido dos laudos técnicos das assistências técnicas”, concluiu.
Em nota, a Enel Distribuição Rio esclareceu que não há qualquer irregularidade no processo de medição e faturamento da companhia. A empresa acrescentou que, com as altas temperaturas do Verão, há aumento no consumo de energia, devido ao uso mais frequente da geladeira, de aparelhos de ar condicionado e ventilador, por exemplo, e que não houve alteração de tarifa no mês de janeiro/19. Além disso, a distribuidora ressalta que quando o consumo de energia ultrapassa 300 kWh, o ICMS que incide sobre a conta passa de 18% para 31%, e para 32% para consumos superiores a 450 kWh. A empresa orienta os consumidores a verificarem seu consumo de energia em kWh, comparando o valor consumido atualmente com o do mesmo mês do ano passado.
A distribuidora ressalta ainda que os valores do Sistema de Bandeiras Tarifárias e a definição da bandeira de cada mês são fixadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A concessionária também esclarece que, em uma conta de luz no valor de R$ 100, apenas R$ 22,7 são destinados às atividades da distribuidora, para operação, expansão, manutenção da rede de energia elétrica e para remuneração dos investimentos. Cerca de R$ 31,20 são destinados ao pagamento de impostos e R$ 12,6 são encargos setoriais. Além disso, R$ 26,5 são direcionados a custos de energia e R$ 6,9 à transmissão.
Por fim, a Enel afirmou que medidas simples podem auxiliar o cliente a adequar o valor da conta de luz ao orçamento familiar. A troca de lâmpadas incandescentes de 100W por modelos LED de 14W, por exemplo, representa uma economia de, aproximadamente, 16 kWh/mês para cada ponto de luz. Manter a manutenção adequada destes aparelhos também evita consumo excessivo no verão.