A Prefeitura de Niterói conseguiu o direito de uso do espaço para a desapropriação do imóvel localizado na Alameda São Boaventura, após decisão judicial. A ideia é que o local se torne o primeiro Centro Cultural da Zona Norte de Niterói.
A Secretaria Municipal das Culturas está organizando uma consulta pública para definir as atividades que serão desenvolvidas no local. De acordo com a pasta, Niterói possui uma concentração de instituições e equipamentos de cultura no eixo Centro – Zona Sul da cidade.
“O Centro Cultural da Zona Norte vai cumprir um papel fundamental de descentralizar os espaços, garantindo assim, o direito à cultura para todos, conforme previsto na Constituição Federal, em Tratados Internacionais e na Carta de Direitos Culturais de Niterói”, justificou a Secretaria das Culturas.
O vereador e presidente da Comissão de Cultura, Comunicação e Patrimônio Histórico da Câmara de Niterói, Leonardo Giordano (PCdoB), comemorou a iniciativa. “Ter um espaço público de cultura na região é um direito da população. A cultura é direito de todos e a gente conquista mais uma boa vitória em favor da cidadania em Niterói”, acredita Giordano.
“Fiquei muito feliz com a desapropriação do casarão que vai receber o primeiro centro cultural municipal da Zona Norte de Niterói. É uma luta antiga do nosso mandato. Há muitos anos eu faço indicações legislativas e emendas orçamentárias para que a cidade tenha um centro cultural, que favoreça e faça o mínimo de justiça em relação à Zona Norte, onde estão áreas populosas, com muitas comunidades que não têm acesso a um equipamento público municipal de cultura”, lembrou.
O parlamentar, que esteve à frente da Secretaria das Culturas em 2021, aproveitou para agradecer os envolvidos. “Parabenizo o secretário das Culturas, Alexandre Santini, o presidente da Fundação de Arte, Fernando Brandão, e o prefeito, Axel Grael, pelo empenho. Parabenizo também, o ex-secretário das Culturas, Vitor De Wolf, por sua dedicação em sua gestão”, concluiu.
Com dois mil metros quadrados, o casarão foi construído há mais de um século por um comerciante português. O registro do projeto no setor de Urbanismo do município foi feito há 110 anos, e sempre pertenceu à mesma família. Os donos viviam no local até o início dos anos 1990.
*Por Jussiara Souza, estagiária sob supervisão de Lucas Nunes