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Niterói: Consulta Pública sobre mobilidade urbana aponta para instalação de VLT

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Uma Consulta Pública para verificar a viabilidade de alternativas de transporte e mobilidade urbana esta sendo realizada na cidade de Niterói, a ação tem como  objetivo é entender as necessidades do cotidiano de quem utiliza o transporte coletivo, pelo olhar da mulher, abrangendo outras demandas como segurança e acessibilidade.Uma das alternativas que está sendo estudada, e que foi apontada no Plano de Mobilidade de Niterói, é o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O modal já funciona no Centro do Rio de Janeiro.

A pesquisa já teve mais de 1600 respostas em uma semana no ar e fica disponível até a próxima sexta-feira (19) pelo link consultas.colab.re/vltniteroigenero. O estudo de viabilidade não traz ônus para a cidade, pois é totalmente financiado pelo governo francês por meio de um convênio assinado com a Prefeitura de Niterói.

A Consulta Pública vai funcionar em duas etapas. A primeira está aberta a qualquer pessoa que queira participar, por meio do Colab. A segunda vai ouvir, através de grupos focais, especificamente mulheres que se dispuserem a participar desta etapa e que morem ou transitem em Niterói. O objetivo desta segunda etapa é que as mulheres possam contar sobre sua rotina, principalmente no que diz respeito ao uso do transporte coletivo.

A subsecretária de Mobilidade Urbana, Ivanice Schutz, explica a importância de a consulta focar na questão do gênero.

“A Consulta Pública, em sua segunda etapa, será com grupos de mulheres por uma questão estratégica. As mulheres têm uma visão mais abrangente do que apenas o deslocamento em si. Elas observam as dificuldades além de apenas entrar e sair de um meio de transporte, como a segurança da via até o caminho que a leva para casa, as calçadas, a iluminação do trajeto, entre outras situações de alerta que precisam ser levadas em consideração. E o objetivo é um reordenamento da mobilidade urbana para as próximas décadas.”, ressaltou a subsecretária.
Algumas questões como: “qual modo de transporte você usava frequentemente antes da pandemia?” e “qual tem usado agora?”, “quando pensa em Niterói do ponto de vista da mobilidade (andar de ônibus, a pé, bicicleta, moto, carro), qual a frase ou palavra lhe vem à cabeça?”, “o que você pensa sobre a mobilidade urbana de Niterói daqui a 10 anos?”, “você conhece o VLT?”, e questões pessoais como, por exemplo, se a pessoa tem filhos, qual seu gênero e se possui alguma deficiência, são parte da pesquisa.
Também é perguntado sobre a disponibilidade em participar da segunda fase da pesquisa, para que seja realizado um sorteio que definirá a formação dos grupos focais que serão compostos, em média, por 15 mulheres cada e de diferentes regiões da cidade (Zona Norte, Sul, Centro e Região Oceânica).
Parte do estudo de viabilidade do VLT que foi iniciado com o estudo de pré-viabilidade entre os anos de 2017 e 2018. Não houve custo para a prefeitura, pois foi financiado pela AFD, Banco de Desenvolvimento da França, por meio de convênio. O consultor e coordenador do estudo, Bruno Maximino, fala sobre a necessidade do trabalho que está sendo realizado.

“A fase de pré-viabilidade serviu para se ter uma primeira ideia se o projeto teria sucesso na cidade. Também foram identificadas questões, cujo aprofundamento está sendo feito agora, na etapa de viabilidade, que é mais detalhada”, explica Bruno.

Rogério Gama, subsecretário de Urbanismo, alerta para a necessidade dessa avaliação, que pode mudar toda a estrutura da cidade.

“Primeiro precisamos entender quais demandas são essas. São financeiras, econômicas ou sociais? Então avaliamos as necessidades de cada uma das demandas. E esse é o ponto em que estamos, por isso a consulta pública, uma escuta da população, pensando no olhar de gênero. O projeto não é só a inserção de um novo modal, mas uma reestruturação urbana que precisa levar em conta: infraestrutura, urbanização, novas calçadas, ciclovia, reestruturação das vias. Por isso precisa ser muito bem pensada, analisada e discutida com a população”.

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