O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, se reuniu na segunda-feira (11) com representantes do setor naval, incluindo empresários, executivos de estaleiros, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Roberto Aderny, e o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, para tratar de investimentos e incentivos à retomada da indústria naval no município.
Entre as ações destacadas, estão o projeto de lei que concede descontos para a quitação de dívidas tributárias das empresas do setor e a dragagem do Canal de São Lourenço, que permitirá a navegação de embarcações maiores. Apesar de ser uma obra de responsabilidade federal, a Prefeitura assumiu a execução para fortalecer o setor e gerar empregos.
No encontro, Rodrigo Neves destacou os esforços da Prefeitura para recuperar a indústria naval da cidade, como o projeto de lei enviado à Câmara que concede descontos para a quitação de dívidas com o município, além da dragagem do Canal de São Lourenço, obra que possibilitará o aumento da profundidade do canal para permitir a construção e navegação de embarcações maiores. Apesar de ser uma responsabilidade federal, a Prefeitura assumiu a dragagem por reconhecer a importância do setor para a geração de emprego e renda no município.
“A gente tem várias iniciativas em curso para o setor, a principal delas é a dragagem, que deve ser concluída até o início do ano que vem, com ajustes feitos pela minha equipe para atender o máximo de empresas possível. Além disso, elaboramos um projeto de lei de um Refis para a indústria naval, porque, de todos os setores econômicos, o que mais sofreu com a crise foi o setor naval. O projeto foi enviado semana passada para apreciação da Câmara e deve ser votado até o final do mês”, declarou o prefeito.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Fabiano Gonçalves, ressaltou que Niterói tem potencial para liderar a retomada do setor no país e está firmando parcerias para capacitar mão de obra local.
Sérgio Bacci anunciou que a Transpetro vai licitar 25 navios até 2026, além de 20 barcaças, e que os estaleiros de Niterói podem participar dessas encomendas. A presidente do estaleiro Mac Laren, Gisela Mac Laren, informou que a empresa investe na construção de um grande dique na Ilha da Conceição. Já o CEO do estaleiro Mauá, Miro Arantes, destacou que o projeto de refinanciamento é essencial para empresas em recuperação judicial.
O projeto de lei enviado pela Prefeitura prevê descontos de até 100% sobre juros e multas de dívidas de IPTU, TCIL e ISSQN, com parcelamento em até 240 meses. A expectativa é arrecadar mais de R$ 300 milhões e facilitar a recuperação econômica do setor, incluindo empresas em falência ou recuperação judicial.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, falou que a retomada da indústria naval passa pelas encomendas de grandes navios e plataformas, e destacou a importância dos estaleiros e empresas de Niterói nesse processo. Até o final de 2026, serão licitados 25 navios.
“Isso significa dobrar a frota da Transpetro, e estamos trabalhando duro para que isso aconteça. Espero que na próxima licitação mais estaleiros participem. Além desses navios, eu tenho 20 barcaças para serem construídas, e acredito que vários estaleiros daqui de Niterói podem participar também. No que depender da Transpetro, o prefeito Rodrigo Neves pode contar com a gente”, disse Sérgio Bacci.

Empresários reforçam a importância das negociações para a retomada da produção
Os empresáriospresentes no encontro falaram sobre os esforços da prefeitura junto com os setores ligados a industria naval.
A presidente do estaleiro Mac Laren, Gisela Mac Laren, destacou que a retomada do setor vem acompanhada de fortes investimentos privados, como a construção de um grande dique que a empresa está fazendo na Ilha da Conceição.
“O Mac Laren tem um compromisso com o desenvolvimento de Niterói. Então fica aqui o meu reconhecimento e meu agradecimento ao prefeito e a todos os envolvidos no processo de ampliação da dragagem da Ilha da Conceição”, disse Gisela.
O CEO do estaleiro Mauá, Miro Arantes, ressaltou a importância do projeto de lei municipal para o refinanciamento das dívidas das empresas do setor naval, entre elas o Mauá, que está em recuperação judicial.
“Sem esse projeto de lei, estaleiros como o Mauá não conseguiriam dar conta de suas dívidas. Nós temos uma contribuição enorme a fazer para a cidade, gerando empregos e riqueza”, afirmou Miro.