Niterói é a sexta melhor cidade para investir, empreender e negociar no Brasil e a melhor no estado do Rio de Janeiro. A informação é da consultoria Urban Systems, que analisou o potencial de desenvolvimento econômico de 100 cidades acima de 100 mil habitantes, identificando aquelas com as melhores oportunidades para negócios. Em 2017, o município figurava na 49º posição do ranking. O desempenho de Niterói também foi reconhecido por outras organizações independentes, como a agência de classificação de risco Standard & Poor’s Global Ratings que, em agosto, concedeu à cidade a nota de crédito mais alta em sua escala nacional: brAAA, com perspectiva estável.
A cidade está acompanhada de Vitória (1º), São Caetano do Sul (2º), São Paulo (3º), Porto Alegre (4º), Barueri (5º). Na sequência, aparecem Curitiba, Belo Horizonte, Maringá e Santos. O prefeito Rodrigo Neves destacou as ações que levaram a cidade a chegar em tal posição. “Quando assumi, a cidade tinha uma das menores capacidades de investimento entre os municípios brasileiros. Fizemos um plano estratégico de longo prazo e muito investimento na modernização de sistemas. Não há mágica. Mesmo um cenário de terra arrasada no estado do Rio de Janeiro, o que Niterói vem conquistando é fruto de planejamento e diálogo com a população e com o empresariado local”, afirmou.
A pesquisa foi publicada na revista “Exame” da última quinta-feira (25/10), e cita que Niterói é um exemplo de melhora significativa, mesmo em um cenário de crise: “com as finanças do estado do Rio de Janeiro em frangalhos, é de surpreender que Niterói tenha encontrado espaço para um salto impressionante” e que “a evolução econômica do município (…) está ligada ao nível de tecnologia adotada na gestão. Em 2012, a cidade tinha 46 sistemas de protocolos – 11 eram de pagamento e dez de contabilidade. A solução foi integrar e concentrar as informações em uma única plataforma. Diariamente, o prefeito consulta um painel da situação da arrecadação e das contas municipais. Desde 2017, Niterói tem um novo sistema e nota fiscal eletrônica e de pregão eletrônico”.
“A Prefeitura está trabalhando para estimular a geração de empregos na cidade. Criamos o Alvará Fácil, um sistema integrado com o Regin, Jucerja e o Sebrae que permite que, em 48 horas, o empreendedor esteja legalizado e possa, inclusive, emitir nota fiscal, a Casa do Empreendedor, que possibilitou o início de vários pequenos e médios negócios em Niterói, a regulamentação da Lei dos Cervejeiros e a criação do Polo Cervejeiro, que incentiva a fabricação artesanal no município e está atraindo produtores de todo o Estado, além da lei de incentivo à hotelaria e o apoio ao setor privado em várias frentes com desenvolvimento dos polos gastronômicos”, ressalta o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino Moreira Leite. Ele cita, ainda, a criação de parcerias público privadas, como a do Mercado Municipal Feliciano Sodré, que estimula a geração de empregos, a Lei do Audiovisual, que pretende transformar a cidade em referência do setor, e o terminal pesqueiro, que está sendo elaborado pelo Município e será o mais moderno do Brasil.
A Prefeitura de Niterói, entre outras ações, também financiou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para a dragagem do canal de São Lourenço (uma atribuição do Governo do Federal), imprescindível para a retomada da Indústria Naval, tradicional setor empregador da cidade, e a indústria de reparo offshore, em função da exploração do petróleo no Campo de Lula. Ainda no segmento, Niterói agora conta um Conselho de Autoridade Portuária (CAP) próprio, não sendo mais vinculado ao da capital, o que permitiu que receitas de operações de fundeio de embarcações, reparos navais e serviços do lado Norte da Baía de Guanabara sejam destinados à cidade.