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Niterói e Rio: pioneiras no controle do Aedes aegypti com o método Wolbachia

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As cidades de Niterói e Rio de Janeiro, na Região Metropolitana, estão entre as primeiras do Brasil a adotar o método Wolbachia no combate à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Niterói (RJ) foi a primeira cidade brasileira a ter 100% do território coberto pelo método e vem apresentando redução nos números de casos da doença. Em 2021, quando 75% da cidade estava coberta, o método resultou em uma redução de 69,4% dos casos de dengue, 56,3% dos casos de chikungunya e 37% dos casos de zika. 

No Rio de Janeiro, 29 bairros da Ilha do Governador e adjacências já têm a presença dos mosquitos com a Wolbachia. A liberação dos insetos nessas regiões ocorreu até 2021, quando foram realizadas algumas liberações pontuais. Nessas localidades, é realizado o acompanhamento epidemiológico para identificar o impacto do método sobre a transmissão das arboviroses. No ano passado, o método foi expandido para mais três bairros do Rio de Janeiro: Centro, Caju e Ilha de Paquetá.

Uma das metas do Ministério da Saúde é expandir a metodologia Wolbachia para mais 40 municípios em 2025.

Entenda o método 

Desenvolvido pelo World Mosquito Program (WMP) em parceria com a Fiocruz, o método interfere na capacidade de transmissão do vírus pelo mosquito, tornando-o menos eficiente na disseminação das doenças. A Wolbachia é uma bactéria encontrada em cerca de 60% dos insetos, incluindo alguns tipos de mosquitos, mas não ocorre naturalmente no Aedes aegypti. Quando introduzida nesse mosquito, a bactéria impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam, contribuindo para a redução dessas doenças. 

O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com Wolbachia, que se reproduzem com os mosquitos locais, formando gradualmente uma nova “população” de mosquitos portadores da bactéria. Com o tempo, a proporção de mosquitos infectados aumenta até atingir um nível estável, eliminando a necessidade de novas liberações. Esse efeito torna o método autossustentável e viável a longo prazo. 

*Com informações do Ministério da Saúde

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