Pais de alunos reclamam da dificuldade para conseguir matricular uma criança em uma creche municipal em Niterói. As creches do município não estão com vagas disponíveis e a Comissão Permanente de Educação, Ciência e Tecnologia e Formação Profissional da Câmara dos Vereadores de Niterói já tem reunião marcada para a volta do recesso parlamentar para tratar o assunto.
A professora Joyce Magalhães, de 33 anos, mora na Ponta da Areia e conversou com exclusividade com o Errejota Notícias. “Tentando desde ano passado e não consegui a vaga para minha filha. Não consegui e entrei na fila de espera e não consegui ainda. Eu trabalho e não posso pagar uma creche particular. Minha filha tem dois anos e precisa do maternal. O sistema online é ruim e não funciona e também não abre vaga. Já voltei para trabalhar e fico pedindo ajuda da minha família para alguém ficar com minha filha. Não estou pedindo nada demais, só uma vaga. É muito constrangedor”, desabafou.
Segundo relatos nas redes sociais, o site da Prefeitura de Niterói não abre para realização da pré-matrícula, fazendo pais ficarem de mãos atadas e sem terem opção para poder trabalhar. Os pais, sem opção, acabam tendo que procurar por creches particulares para colocar seus filhos, já que não há vagas nas creches públicas no município.
O Comissão está à frente da situação. Segundo o presidente, Marcos Sabino, a Comissão tem uma reunião marcada com representantes da Secretaria Municipal de Educação de Niterói na volta do recesso, dia 15 de fevereiro, para ter acesso ao levantamento que está sendo feito com o número de pessoas que estão nessa situação. “Nas duas últimas reuniões que tivemos esse foi o assunto principal. A demanda de vagas é uma situação complicada. Esse déficit é flutuante e temos muitos problemas na cidade, mas temos mais de 100 crianças esperando por vagas. A secretaria de educação estava fazendo um levantamento para a gente ter ciência e ver o que podemos fazer. Estamos de portas abertas para ajudar as pessoas nessa situação”, frisou.
Sabino comentou que o problema seria resolvido com a ampliação da rede municipal e não só com a construção de novos espaços. “Se ampliarmos o atendimento, os funcionários das unidades de educação já conseguiríamos matricular essas crianças”, completou.
A Prefeitura de Niterói foi questionada sobre o assunto mas não se manifestou até a publicação dessa reportagem.
*Estagiário sob supervisão de Raquel Morais