A aguardada dragagem do Canal São Lourenço, necessária para chegada de barcos de grande porte ao local, gerando ainda mais empregos na região, vai ter que aguardar mais um pouco. A Prefeitura de Niterói prorrogou o prazo para a entrega da análise e julgamento das propostas técnicas para o próximo dia 10. O motivo é a espera da manifestação técnica do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias.
A manifestação do INPH é relativo a elemento técnico específico principal relacionado às propostas apresentadas pelas concorrentes. Segundo a prefeitura, o resultado da avaliação documental foi adiado para que as empresas interessadas pudessem ter acesso a informações das concorrentes e está em fase final de ajuste dos trâmites burocráticos.
A dragagem do canal será executada pela empresa que vencer o processo licitatório. A prefeitura vai monitorar e fiscalizar o andamento das obras. No final de março, o município havia adiado para 10 de abril o recebimento de envelopes para habilitação e propostas. O motivo do adiamento foi a omissão de um dos anexos do edital do processo licitatório.
Quando as obras forem iniciadas, o prazo para conclusão é de 15 meses. O investimento é de R$ 170 milhões. O objetivo é recuperar a profundidade do Canal de São Lourenço para permitir a aproximação de embarcações de maior porte, o que vai proporcionar a revitalização do setor naval em Niterói.
A partir da dragagem no Canal de São Lourenço, em estimativa conservadora, a Firjan aponta um potencial para a retomada dos cerca de 12 mil empregos diretos perdidos na construção e indústria entre 2015 e 2019 no município.
Assoreado e com o calado pequeno, a entrada de navios de grande porte ficou impossibilitada no Porto de Niterói. O problema colaborou para que o município perdesse espaço no mercado e houvesse uma migração de serviços de reparo e offshore para outros estados.
Segundo a prefeitura, para a economia local, a obra pode representar potencial de geração de mais 24 mil empregos indiretos e uma adição de mais de R$ 1,5 bilhão por ano.
As obras no canal podem beneficiar direta ou indiretamente as mais de 40 empresas de pequeno, médio e grande porte que atuam na região. A iniciativa vai proporcionar maior competitividade para a indústria construtora de embarcações de pequeno e médio porte, rebocadores e barcos pesqueiros, além de embarcações de apoio offshore.
