ais de 190 mil pessoas foram vacinadas contra a febre amarela, apenas no ano passado, em Niterói. A Fundação Municipal de Saúde já registra aumento na procura pela imunização este ano e informa que todas as 30 salas de vacina da cidade estão abastecidas. A secretária municipal de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, explica que vacina sempre esteve disponível na rede municipal de Saúde, mas desde março de 2017, quando os primeiros casos da doença surgiram no Estado do Rio de Janeiro, a Prefeitura aumentou a oferta da vacina através da abertura de novas salas de imunização, solicitando novas remessas de vacina ao Governo do Estado e destacando duas equipes volantes para vacinar a população.
“Só em 2017, o Município aplicou mais de 190 mil doses da vacina contra febre amarela. Já foram imunizadas 257.926 pessoas na cidade nos últimos 10 anos. É importante a população observar todos os pontos de vacina, já que temos presenciado algumas unidades, como a de Santa Rosa/Vital Brazil e a de Itaipu, com uma procura muito grande, enquanto outras estão mais vazias. Pedimos também para aqueles que tem um horário mais flexível, comparecer às unidades na parte da tarde, período com menor demanda”, aconselha a secretária.
A vacina está sendo aplicada em sua dose integral até o início da campanha de intensificação da vacinação contra a febre amarela nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, de 19 de fevereiro a 9 de março, quando a dose será fracionada. Segundo o Ministério da Saúde, a dose fracionada não prejudica a eficácia da vacina; a única alteração é o tempo de proteção: enquanto a dose padrão protege pela vida inteira, a fracionada tem duração de oito anos.
A Secretaria de Estado de Saúde recomenda a vacinação para pessoas a partir dos 9 meses até os 59 anos de idade. Gestantes, mulheres que estejam amamentando, bebês maiores de seis meses e menores de nove meses e idosos com mais de 60 anos devem passar por um profissional de saúde para avaliar a possibilidade de vacinação.
Seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde adotou os padrões internacionais da dose única. Ou seja: quem toma a vacina padrão da febre amarela no Brasil está imunizado pelo resto da vida.
A população de Niterói pode se vacinar de segunda a sexta, das 8h às 16h, em todas as policlínicas regionais do município (Centro, Santa Rosa, Fonseca, Largo da Batalha, Itaipu, Barreto e Engenhoca); na Policlínica Comunitária de Jurujuba; nas Clínicas Comunitárias da Família da Teixeira de Freitas, Ilha da Conceição, Badu e Várzea das Moças; nos módulos do Programa Médico de Família do Engenho do Mato, Cantagalo, Sapê, Cafubá II e III, Maravista, Matapaca, Caramujo, Jonathas Botelho, Leopoldina e Maruí; nas Unidades Básicas de Santa Bárbara, do Baldeador, Piratininga, Centro, Engenhoca e Morro do Estado; e na Policlínica Naval de Niterói.
Contraindicação – A vacina é contraindicada para pessoas com alergia a algum componente da vacina e alergia a ovos e derivados; pessoas com doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde; ou ainda pacientes com doenças que causam alterações no sistema de defesa (nascidas com a pessoa ou adquiridas), assim como terapias imunossupressoras – quimioterapia e doses elevadas de corticosteroides, por exemplo; indivíduos portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico ou com outras doenças autoimunes; pacientes que tenham apresentado doenças neurológicas de natureza desmielinizante (Síndrome de Guillain-Barré, ELA, entre outras) no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina; pacientes transplantados de medula óssea; pacientes com histórico de doença do Timo; crianças menores de seis meses de idade; crianças menores de dois anos de idade que não tenham sido vacinadas contra febre amarela não devem receber as vacinas tríplice viral ou tetra viral junto com a vacina contra FA. O intervalo entre as vacinas deve ser de 30 dias.
A doença – Há duas formas de transmissão de febre amarela: silvestre e urbana. As duas são causadas pelo mesmo vírus, mas se diferem pelo vetor de transmissão. A forma urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e, de acordo com o Ministério da Saúde, desde os anos 40, o Brasil não registra casos deste tipo da doença. Já a silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, insetos de hábitos estritamente silvestres. Quando o mosquito pica um macaco ou uma pessoa doente, que está com febre amarela, ele torna-se capaz de transmitir o vírus.
Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), problemas no fígado e nos rins, hemorragia e cansaço intenso.