Em breve, a população de Niterói vai poder contar com o SUS Digital. A Fundação Municipal de Saúde criou comitê técnico visando elaobrar plano de trabalho para implantar o programa no município. O objetivo deste é promover a transformação digital no SUS.
O Plano de Ação Saúde Digital deverá ser elaborado em três fases: I – diagnóstico situacional do território, observando-se a macrorregião da saúde; II – estabelecendo o grau de maturidade digital e III – análise do diagnótico situacional do território.
O plano deverá ser feito em até 30 dias. O encaminhamento da solicitação de adesão ao SUS Digital, em 90 dias e o diagnóstico situacional do território, em 120 dias. O comitê deverá ainda estabelecer rotinas de trabalho técnico com representantes do Governo do Estado para troca de informações e estabelecimentos de metas para a macrorregião.
SUS Digital foi anunciado pelo governo federal em junho do ano passado e visa a digitalização do SUS para incluir cada vez mais os cidadãos e melhorar o atendimento na saúde pública no país. No ano passado, foi criado a Secretaria de Informação e Saúde Digital.
No último dia 7, a Confederação Nacional dos Municípios recomendou cautela aos gestores municipais quanto à adesão ao programa, pois a iniciativa foi lançada pelo Ministério da Saúde sem manual instrutivo com as orientações para a execução de cada etapa do programa, sem indicar parâmetros e metas, para avaliação das prefeituras na tomada de decisão sobre a adesão. Além disso, a entidade chamou atenção para o curto prazo para manifestação de interesse pelos Municípios, que, de acordo com a Portaria 3.233/2024, é até dia 3 de abril.
A entidade ressalta a importância de que programas federais sejam sustentáveis com recurso financeiro suficiente para a execução das ações. E para isso, é necessário que os gestores municipais fiquem atentos antes de aderir ao Programa, e que nele estejam orientações mais claras para melhor dimensionar quais serão os custos de contrapartida, com a finalidade de aderir ou não ao Programa.
De acordo com o Ministério da Saúde, a saúde digital engloba, dentre outros, sistemas de informação interoperáveis, registro eletrônico de dados de saúde, aplicação da ciência de dados, inteligência artificial, telemedicina, telessaúde, aplicações móveis de saúde, dispositivos vestíveis, robótica aplicada, medicina personalizada e internet das coisas, voltados ao setor de saúde.