A rivalidade Brasil e Argentina do futebol trouxe diversos questionamentos para a final da Copa do Mundo. Torcer para os hermanos como artifício político? Torcer para a Argentina nunca nem jamais? São várias formas de lidar com a paixão, mas encontramos um niteroiense que tem uma história única com a seleção.
Ele é o Felipe Filósofo, que além de ser professor da área, é um poeta também. Ele é quem escreveu os últimos sambas-enredo da Viradouro, tendo uma longa história com a cidade de Niterói.
E por falar em longa história, a sua com a seleção da Argentina começa em 1989: “Olha, eu nasci em 81, né? Quando eu tinha 8 anos, a Argentina jogou contra o Uruguai, no Maracanã. E olha, eu não sei como, mas meu falecido pai conseguiu fazer com que eu conhecesse pessoalmente o Maradonna no estádio!”, o poeta conta que depois disso tudo mudou.
“Ele (Diego Maradonna) me tratou super bem, trocou ideia comigo, e aí depois disso eu prometi pra ele que eu torceria pra Argentina na próxima Copa do Mundo, que seria de 1990”, conta e copa esta na qual a Argentina acaba sendo vice da Alemanha Ocidental de Lotthar Matthäus.
“Minha relação com a Argentina é uma relação de encantamento”, desabafa Felipe e diz que este amor não tem nada haver com questão racional ou política, a questão central é o amor como força motriz. “O argentino quando joga pela seleção, ele bota o coração na ponta da chuteira, e isso tem um ensinamento pra nossa vida muito grande”, reflete.
Músico como é, não podia deixar de citar a arte em sua percepção. “Olha e parece que existe uma musicalidade na forma da Argentina jogar. Se você retirar o som e acrescenta um tango, é um encaixe poético”, finaliza.
