O sistema de saúde de Maricá foi tema de debate na primeira sessão ordinária no retorno dos trabalhos da Câmara de Vereadores de Maricá. Filippe Poubel (DEM) pediu à Secretaria Municipal de Saúde que aumente o número de médicos no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro. Ele alega que procurou atendimento para a esposa, mas teve que esperar por duas horas, já que só havia um profissional para atender a demanda de pacientes.
“Deixei de ser cidadão e fui procurar o supervisor do hospital, uma pessoa arrogante. Ele não queria passar informações sobre o plantão dos médicos. Encontrei um médico dormindo, um não tinha chegado e o outro não foi achado no hospital. Lá havia pessoas com febre, calafrios e esperando por duas horas para ser atendidas”, disse.
O vereador da base governista, Marcus Bambam (PV) respondeu e salientou a importância dos vereadores de oposição mostrar as falhas para que ocorrer os acertos. Bambam também apresentou números positivos da saúde no município.
“Estamos buscando a melhoria da cidade. Tem que louvar o esforço feito para atender a população. Temos mais de 20% da população de fora sendo atendida em Maricá. Quase duas horas é um número elevado, mas faço um desafio que se for em um hospital das clínicas, você vai esperar muito mais e pagando. Não podemos achar que está tudo parado”, disse.
Frank Costa (SD) lembrou que Maricá dispõe de apenas um hospital para atender toda a região. “Se for olhar as cidades ao redor, há mais de uma unidade, alguns federais e estaduais. Acho que temos que melhorar, mas estamos indo bem”, avaliou.
Serviço odontológico
O vereador Ricardinho Netuno (PEN) destacou os problemas no atendimento odontológico nas unidades públicas de saúde de Maricá. Ele denunciou que os dentistas estão realizando atendimentos sem o uso de anestesia por falta do medicamento. O parlamentar apontou ainda para as filas no posto de saúde do Recanto de Itaipuaçu, onde pacientes devem aguardar para realizar a coleta semanal de sangue e esperar muito para receber os resultados dos exames.
“Essa cidade vem crescendo e temos a função de acompanhar o crescimento. Se tivermos erros, que sejam consertados. Nossa luta é realmente pela população. Falei com o vereador Richard e com secretária de Saúde sobre o problema no CEO e a falta de material para atendimento. Dentistas sem anestesia para poder trabalhar. Isso não acontece só com odontologia. Fica uma fila desde 8h da manhã quando o posto abre. São senhoras de idade esperando”, questionou.
Em resposta às pontuações dos parlamentares, o presidente da Comissão de Saúde, Felipe Auni (PSD), explicou que vai buscar detalhes sobre o ocorrido no Conde Modesto Leal, mas pontuou as dificuldades que alguns médicos passam e suas necessidades.
“Vossa excelência disse que um clínico estava dormindo e não foi o que me chegou. O que me passaram é que um clínico estava no trauma, um atendendo, um chegando e o outro na UPG. O carro do médico que estava chegando deu um problema e ele pediu carro emprestado do irmão. É um médico super competente. Então temos que dar um pouco de consideração a isso”, frisou.
Dr. Richard (PT), que fez o juramento de posse no início da sessão desta quarta-feira, aproveitou para informar que já foram licitados os materiais odontológicos para o atendimento e que serão liberados em breve. Além da licitação, a prefeitura irá trocar todas as cadeiras onde os pacientes são atendidos, bem como os materiais utilizados nas consultas. Richard, antes de assumir o mandato no Legislativo, era o responsável pela área odontológica da prefeitura.
“Estou aqui para contribuir. Nesse período já protocolei a criação de uma Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Vou trabalhar também em prol da saúde”, disse Dr. Richard após a posse agradecendo ao prefeito Fabiano Horta (PT), ao ex-prefeito Washington Quaqua e à Deputada Estadual Rosângela Zeidan a confiança no seu trabalho.
Fotos: Ascom Câmara Maricá