Após afastar o presidente da Empresa Municipal de Moraia, Urbanismo e Saneamento (Emusa), Paulo Cesar Carrera, depois das denúncias de nomeações de parentes de políticos e cargos fantasmas, a Prefeitura de Niterói nomeou o substituto, Antônio Carlos Lourosa, então, diretor de operações da autarquia. Porém, este também é réu em processo de improbidade administrativa de quando era presidente da Companhia de Limpeza Urbana (Clin).
Ele é acusado de causar danos aos cofres públicos, em aditivo no contrato de locação de veículos. O fato foi denunciado pelo vereador Professor Túlio (Psol), que questionou a nomeação durante a sessão plenária da última quarta-feira, 29.
Procurada, a prefeitura se pronunciou nesta quinta-feira, 30, através da Procuradoria Geral do Município. Este informou que a ação de improbidade é de 2013 e não há qualquer condenação. A ação foi referente a um aditivo no contrato de locação de veículos e outros equipamentos para não interrupção do serviço público. O aditivo foi assinado por determinação do Tribunal de Contas do Estado. A defesa de Lourosa afirmou que há ausência de dolo na conduta e ressaltou que a Lei 14.230/21 modificou a lei de improbidade administrativa para prever a punição somente para atos dolosos.
Segundo ainda o vereador Paulo Eduardo Gomes, também do Psol, o novo presidente da Emusa tem um parente nomeado na empresa: a mãe, Cláudia Suzeth Alves, com salário de mais de R$ 10 mil. Porém, no Diário Oficial do Município de hoje, ela foi dispensada da função de assessora técnica da diretoria de Operações da autarquia, a contar da última quarta-feira, 29.