A nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) – Características Adicionais do Mercado de Trabalho, divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a taxa de trabalhadores sindicalizados no Estado do Rio de Janeiro voltou a crescer.
Em 2024, 6,1% dos ocupados no estado eram filiados a sindicatos, acima dos 5,7% registrados em 2023 – o menor índice da série histórica. O levantamento aponta ainda que havia 8,1 milhões de pessoas ocupadas, e o nível de ocupação ficou em 56,2%.
Diferenças por gênero e histórico
A pesquisa revela que 6,3% dos homens e 5,9% das mulheres ocupadas eram sindicalizados em 2024. No início da série histórica, em 2012, esses percentuais eram de 11,8% e 9,6%, respectivamente. O maior índice já registrado no estado ocorreu em 2015, quando 11,5% dos trabalhadores eram filiados.
Cooperativas e registro no CNPJ
Entre os ocupados que eram empregadores ou trabalhavam por conta própria no trabalho principal, 2,8% estavam associados a cooperativas de trabalho ou produção. Em 2023, o percentual era de 2,7%. Do total, 31,1% possuíam empreendimentos registrados no CNPJ.
Onde os fluminenses trabalham
O estudo mostra que, em 2024, 64,6% dos trabalhadores atuavam em estabelecimentos do próprio empreendimento. Outros 11,1% trabalhavam no local designado pelo empregador, patrão ou freguês, e 10,1% exerciam suas atividades no domicílio. Em 2023, esses percentuais eram de 66,4%, 9,8% e 10,8%.
As diferenças entre homens e mulheres também aparecem no local de trabalho:
Estabelecimento próprio: 60% (homens) e 71,3% (mulheres)
Veículo automotor: 9,5% (homens) e 1% (mulheres)
Domicílio de residência: 6,4% (homens) e 15,6% (mulheres)
Ocupação, setores que mais empregam e escolaridade
O número de pessoas ocupadas no estado atingiu o maior patamar da série, chegando a 8,1 milhões — crescimento de 2% em relação a 2023 e 6,6% frente a 2012. Do total, 55% eram homens e 45% mulheres.
Os setores que mais empregam no Rio de Janeiro são:
Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (22,4%)
Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (17,5%)
Quanto ao turno de trabalho, 12,1% dos homens atuavam em período noturno, contra 8,4% das mulheres.
Sobre escolaridade, a maior parte dos ocupados (44,8%) tinha Ensino Médio Completo ou Superior Incompleto. Em seguida vêm os trabalhadores com Superior Completo (29,9%), Fundamental Incompleto (14,2%) e Fundamental Completo (11,2%). A categoria com Superior Completo foi a que mais cresceu em relação a 2023.
Sobre a pesquisa
A PNAD Contínua: Características Adicionais do Mercado de Trabalho investiga informações sobre associação sindical, participação em cooperativas, presença de CNPJ entre empregadores e trabalhadores por conta própria e local de exercício das atividades, com recortes por sexo e nível de instrução. Os dados abrangem Brasil, grandes regiões e unidades da federação.




















