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O adeus do Síndico do Brasil: 25 anos da morte de Tim Maia

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Há 25 anos, no dia 15 de março de 1998, o Brasil perdia uns dos mais importantes e influentes músicos de todos os tempos: Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido Tim Maia. Dono de um vozeirão potente e de canções emocionantes, Tim misturava diversos gêneros musicais e fazia brilhantes parcerias com artistas aos seus fãs, como a da cantora Gal Costa, na canção “Um Dia de Domingo”, um de seus principais repertórios.

Tim fez o seu último show no Teatro Municipal de Niterói, no dia 8 de março de 1998. Ele iria fazer o que sabia de melhor: cantar, porém não conseguiu e retirou-se sem dar explicações. O cantor foi levado para o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), mas não resistiu e morreu, dia 15, sete dias depois.

Para homenagear o “Síndico do Brasil”, o ErreJota Notícias conversou com Marilda Ormy, diretora do Theatro Municipal de Niterói, e última pessoa a conversar com Tim. Marilda contou que o show representava um recomeço em sua carreira e que a todo momento ele se mostrava ansioso.

“Nesse dia fazia muito calor em Niterói, e eu fui até a porta para recebê-lo, ao sair do carro, ele reclamava da temperatura na cidade. Rapidamente, o tranquilizei e disse que ele teria um ar-condicionado e um camarim. Chegando lá, dava pra perceber que Tim estava muito ansioso com essa volta, tanto que ele bebeu uma grande quantidade de refrigerante”, disse.

Tim em seu último show – Foto de Reprodução

Marilda contou que enquanto a banda “Vitória Régia” passava o som no palco do teatro, Tim pediu para conversar com a Marilda e ambos ficaram cerca de 40 minutos papeando entre si.

“A banda Vitória Régia estava passando o som e eu havia perguntado ao Tim se ele também passaria o som, ele disse que sim. Nesse momento combinamos sobre o tempo de duração do espetáculo, pois a gente não costumava atrasar os nossos espetáculos. Rapidamente ele concordou e eu disse pra ele ficar bem bonito, que já chamaria ele”, disse.

“Quando eu subi ele já estava descendo, eu segurei na mão dele falei para ele ficar na coxia enquanto a banda passava o som. Ele se mostrava muito ansioso e eu falei para ele respirar e que aquela noite era só dele”, lembrou.

A diretora do Theatro Municipal contou ainda como percebeu que Tim não estava se sentindo muito bem. “Ele entrou e tentou cantar por duas vezes e largou o palco. Eu pensei que ele fosse reclamar do som mas ele veio na minha direção com os olhos muito arregalados, rasgou a camisa e eu pedi uma cadeira ai maquinista. Fui no palco e perguntei se tinha algum médico e uma dermatologista se prontificou em ajudar. Ela percebeu em pouco tempo que ele estava sendo vítima de um infarto”, relatou.

Velório de Tim Maia – Foto de Jornal O Globo

Marilda ligou para o Hospital Universitário Antônio Pedro que em poucos minutos mandou uma ambulância e o levou para a emergência. Mas Tim Maia não resistiu e morreu no dia 15. Perguntada sobre como se sentia em relação ao dia de hoje (dia dos 25 anos de morte do artista), Marilda afirmou que acompanhou todo o processo e se sente agraciada de ser sido a última pessoa a falar com ele. “Todos os anos eu sorrio e mando boas vibrações. Foi uma honra falar com ele”, finaliza.

*Estagiário sob a supervisão de Raquel Morais

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